Feira de Santana

Boulevard Shopping promove sessão de cinema para pessoas com Síndrome de Down

Os convidados assistiram ao filme infantil ‘As Múmias e o Anel Perdido’.

Boulevard Shopping_ Foto Paulo José_ Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em comemoração ao Dia Mundial da Síndrome de Down, o Boulevard Shopping promoveu nesta terça-feira (21) uma sessão especial de cinema para as crianças e adolescentes acompanhadas pela instituição Cromossomos 21.

Os convidados assistiram ao filme infantil ‘As Múmias e o Anel Perdido’, e também tiveram a chance de participar um lanche especial promovido em parceria com o shopping, por uma rede de fast food na praça de alimentação.

A estudante Susana Peixoto participou da ação acompanhando o irmão, que tem a Síndrome de Down, e considerou a ação promovida pelo Boulevard uma oferta maravilhosa. “Ele ama cinema e é uma forma de ele interagir, de se juntar com outros colegas”, disse.

Susana Peixoto_ Foto Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Segundo Susana Peixoto, ter alguém na família com essa condição traz uma batalha diária, mas com adaptação todos conseguem conviver e exercer seus papéis normalmente.

“Tem a questão da nossa luta, com a adequação de todos, pois nem todos estão adaptados a conviver com eles. Mas nós o tratamos da mesma forma que os outros, sem nenhuma restrição, e ele é totalmente independente”, afirmou.

Susasa e o irmão_ Foto Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Inclusão social

O gerente de marketing do Boulevard Shopping, João Almeida, destacou que o intuito da ação foi proporcionar a inclusão.

“Com o intuito de potencializar cada vez mais e visibilizar essas crianças e adolescentes portadoras de Síndrome de Down, a gente fez uma sessão especial no cinema com o filme ‘As múmias’, que é infantil, voltado à animação, para proporcionar a inclusão dessas crianças no empreendimento, que é o shopping center e também no cinema, dando uma tarde de lazer em comemoração ao seu dia”, afirmou o gerente de marketing.

João Almeida gerente de marketing Boulevard_ Foto Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Ele ressaltou que o shopping é inclusivo e busca se aproximar cada vez mais da comunidade. “A gente sabe o número de adolescentes, crianças e adultos com Síndrome de Down, e a gente potencializou isso junto com a instituição Cromossomos 21.”

O fundador da Organização Não Governamental Cromossomos 21, Hamilton Telles, agradeceu a toda a direção do marketing do Boulevard Shopping, pela parceria de muitos anos.

“Sempre no dia 21 de março, que é o Dia Internacional da Síndrome de Down, eles nos promovem algum evento aqui. Já fizemos apresentações de alguns dos nossos na música, e essa promoção é muito importante para que a sociedade veja essas pessoas como cidadãs comuns, que estão na sociedade para exercerem seu papel. A Síndrome de Down não é uma doença, é uma condição para o resto da vida do indivíduo, porque há um acidente no cromossomo 21 e, ao invés de ele se dividir em dois, se divide em 3. Nada que impeça, com a estimulação desde cedo, com a inclusão na escola, que ele possa exercer seu papel na sociedade”, afirmou.

Hamilton Telles_ Foto Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Conforme Hamilton Telles, ele próprio possui um filho de 29 anos com Síndrome de Down e enfrentou alguns desafios quanto ao acompanhamento.

“Ele nasceu em 93 e aqui em Feira de Santana, de 93 a 2004, nós não tínhamos um profissional de Fonoaudiologia, que é um profissional que mais necessitamos nestes casos de pessoas com Síndrome de Down, então ele perdeu muito tempo, mas hoje ele está bem desenvolvido e faz parte do mercado de trabalho. Eles podem adquirir total independência, como estudar, trabalhar, namorar, casar. O que nós precisamos é que as famílias dessas pessoas entendam e acreditem no potencial delas, para que as associações e instituições possam fazer seu trabalho com uma equipe multiprofissional e que eles consigam avançar”, salientou.

O fundador da ONG afirmou ainda que há em média 40 famílias sendo acompanhadas pela instituição no momento.

“Nós não acolhemos somente a pessoa com Síndrome de Down. É preciso que a gente acolha, com psicólogos, os pais, os irmãos, porque na sociedade quase ninguém está preparado para receber o diferente. Quando uma família recebe uma pessoa com a síndrome, é tudo novo, então a gente tem que fazer esse acolhimento com a família. Cadastrados lá com ficha, contando com os que já passaram por lá e foram para outras instituições ou estão em outras cidades, temos mais de 500 pessoas”, afirmou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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