Feira de Santana

Bebê morre após o parto e pai acusa Hospital da Mulher de negligência médica

“Minha esposa está arrasada, e eu não quero que aconteça com outros o que aconteceu comigo", afirmou o pai do recém-nascido.

Laiane Cruz

O marido de uma paciente que deu entrada no Hospital da Mulher na madrugada da última terça-feira (30), em Feira de Santana, Silvio Miranda do Evangelho, acusa a instituição de negligência médica. A esposa dele, Maria de Fátima dos Santos, deu à luz um menino no hospital, porém o recém-nascido morreu na tarde de ontem (2). Segundo os paishouve demora no atendimento.
 
O pai da criança alega que a esposa deu entrada na instituição por volta da 1h de terça-feira, mas foi internada nove horas depois, pois de acordo com o hospital, não havia vagas. Ele também reclamou do mau atendimento prestado pelos funcionários.
 
“Minha mulher ficou jogada no corredor e o atendimento dos médicos foi péssimo. Houve negligência, por isso que meu filho veio a óbito ontem (terça)”, afirmou o pai da criança.
 
Ainda segundo Silvio Miranda, um médico chegou a avaliar a paciente, que sofria sangramento e estava em trabalho de parto. Ele aplicou uma injeção na gestante e a mandou para casa.

“Uma enfermeira me falou que ele disse a ela que não fazia questão de fazer uma cesárea pelo SUS, pois iria receber um valor menor pela cirurgia do que por um parto normal”, afirmou o pai indignado.

 
“Minha esposa está arrasada, e eu não quero que aconteça com outros o que aconteceu comigo. Conversei com a diretora do hospital, e ela disse que não podia obrigar o médico a fazer uma cesárea. Ela não tomou nenhuma providência”, afirmou o pai, acrescentando que vai processar os médicos, a direção e outros funcionários do Hospital da Mulher.
 
Fatalidade
 
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da Fundação Hospitalar Inácia Pinto dos Santos, Gilberte Lucas, que administra o Hospital da Mulher, informou que não houve erro médicouma vez que todos os procedimentos corretos foram feitos.
 
Ainda de acordo com ela, uma médica analisou juntamente com o pai da criança todos os pontos do prontuário médico da esposa. Além disso, a gestante foi medicada e avaliada por outros médicos, à medida que sofria evoluções no trabalho de parto.
 
“Quando ela evoluiu sem dilatação, sim, o médico sugeriu a cesárea. Foi feito o procedimento, e infelizmente, após o parto, a criança precisou ser entubada e veio a óbito. Foi uma fatalidade que pode acontecer tanto em cesárea como em parto normal”, explicou Gilberte Lucas.

Gilberte informou ainda que o Hospital da Mulher está preparado para prestar esclarecimentos, pois todos os procedimentos estão registrados em prontuário. Um dos médicosque atendeu à paciente, pediu demissão após 10 anos de trabalho na instituição.


As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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