Feira de Santana

Bebê de seis meses morre em policlínica e pais relatam demora no atendimento

Arrasada com a situação, a mãe, Luzia Freitas da Silva, acredita que se o filho tivesse recebido atendimento logo, poderia ter sido salvo.

Laiane Cruz

Um bebê de apenas seis meses morreu na manhã desta quarta-feira (19) na policlínica do distrito de Maria Quitéria (São José), zona rural de Feira de Santana, e os pais da criança acusam a unidade de saúde de demora no atendimento.

O pai da criança, Antônio Luiz Souza de Oliveira, relatou em entrevista ao Acorda Cidade, que Samuel Oliveira da Silva deu entrada na policlínica com febre alta na manhã de hoje e levou cerca de 20 minutos para receber atendimento.

“A gente trouxe o menino ontem aqui pra eles olharem e passarem um remédio. Deram dipirona e levamos. Era pra o menino ficar aqui internado, mas mandaram de volta. Quando o menino chegou aqui de manhã, sentindo mal, ao invés de botarem na sala urgente, levaram quase 20 minutos pra atender o menino. Quando atenderam, veio a óbito”, afirmou o pai.

Antônio Luiz contou que após saberem da morte do filho, ele e a esposa tentaram ver a criança, mas foram impedidos pela médica de plantão, que também não deu o diagnóstico da morte de Samuel. “Não deixaram a gente, como pais, olhar, chamar a polícia, não deixou ninguém observar como estava, só dizendo que não teve culpa”, denunciou.

Arrasada com a situação, a mãe, Luzia Freitas da Silva, acredita que se o filho tivesse recebido atendimento logo, poderia ter sido salvo. “Quando eu e meu esposo sentamos pra conversar ela (a médica) disse que o menino já chegou com o beiço roxeado. Se não houvesse esse atraso de vinte minutos tinha dado tempo de fazer alguma coisa pelo nosso filho. Ela disse que ele estava com catarro no pulmão”, disse.

Secretaria vai abrir sindicância

Procurada pela reportagem do Acorda Cidade, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou o ocorrido com Samuel Oliveira da Silva. Segundo o órgão, a criança deu entrada na policlínica de São José com sintomas de dispneia (falta de ar), febre alta e diarreia.

“Diante do conhecimento sobre supostas reclamações feitas por familiares, uma sindicância será aberta para apurar as condições relacionadas ao atendimento do paciente. A Secretaria se coloca à disposição nesta hora de profunda dor e tristeza”, informou através de nota.

Com informações e fotos do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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