Insatisfação

Bancários da Caixa decretam greve em Feira de Santana

A mobilização é uma resposta da categoria ao reajuste salarial de menos de 1% real aprovado pelos servidores em nível nacional.

Agência da Caixa Econômica Federal em Feira de Santana
Agência da Caixa Econômica Federal em Feira de Santana | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

Os bancários da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na manhã desta sexta-feira (13). O município conta com 7 agências da Caixa e cerca de 250 trabalhadores. A mobilização é uma resposta da categoria ao reajuste salarial de menos de 1% real, aprovado pelos servidores em nível nacional.

“Nós viemos para a porta [das agências] conversar com os colegas. Infelizmente, na maior parte do Brasil, principalmente em São Paulo, eles optaram por aceitar a proposta, isso trouxe problemas para cá. Nós, bancários de Feira de Santana, estamos indignados com a proposta rebaixada dos bancos”, disse Sandra Freitas, presidente em exercício do sindicato dos bancários de Feira de Santana.

Agência da Caixa Econômica Federal em Feira de Santana
Agência da Caixa Econômica Federal em Feira de Santana | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

A presidente informou ao Acorda Cidade que está prevista uma reunião com a categoria para o próximo domingo (15). Em assembleia, os servidores devem reavaliar a greve e decidir se retomam as atividades a partir da segunda (16). A presidente sinalizou que os trabalhadores do Banco do Brasil também tinham aprovado a greve, mas por conta de um acordo nacional, eles resolveram suspender a movimentação e aceitar a proposta.

A covid-19 e a insatisfação dos servidores da Caixa

Os servidores da Caixa tiveram um papel fundamental para a economia brasileira durante a pandemia da covid-19. De acordo com dados do portal da transparência da união, o banco foi o responsável pelo pagamento do auxílio emergencial, programa do governo federal, que distribuiu mais de R$ 287 bilhões aos mais vulneráveis durante a pandemia. 

Ao todo, mais de 39 milhões de pessoas foram beneficiadas com o pagamento da renda mínima. A Caixa era o banco responsável pelo pagamento do benefício. Longas filas se formaram nas portas das agências e, em alguns casos, davam voltas nos quarteirões. 

Fila em agência bancária da Caixa Econômica
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Por conta da atuação no período de pandemia, a presidente em exercício do sindicato dos bancários de Feira de Santana considera a proposta de menos de 1% de aumento real um desrespeito com a categoria.

“Nós estávamos na linha de frente, se dedicando, dando todo o melhor, se arriscando para atender a população. Eram filas imensas, muitos bancários adoeceram, inclusive, alguns morreram, e na hora de uma reivindicação de melhoria de condição de trabalho e melhoria de salário, a Caixa se esconde atrás da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] e dar apenas um reajuste conforme a inflação mais 0,9% de aumento real”, finalizou Sandra.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Matéria escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Andrea Trindade

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