Feira de Santana

Aumenta desaparecimento de gatos durante pandemia; veterinário explica o porquê

Os felinos são animais dominantes em termos de território, eles gostam de viver solitários e em locais sossegados.

Daniela Cardoso

Durante a pandemia, os pedidos de ajuda e reclamações sobre desaparecimento de gatos aumentaram em Feira de Santana. Para entender mais sobre o comportamento dos felinos, o Acorda Cidade conversou com o veterinário Luciano Muritiba, que explicou o que pode está causando isso.

“Os felinos são animais dominantes em termos de território, eles gostam de viver solitários e em locais sossegados. Esses gatos que durante a pandemia estão fugindo de casa, com certeza estão se sentindo ameaçados pela presença de alguém da família que está ficando mais tempo em casa. Isso não quer dizer que ele fugiu e abandonou a casa, às vezes ele está dormindo em um local que seja mais aconchegante, em cima da laje, em um quarto nos fundos, por exemplo,” explicou.

De acordo com o veterinário, quando os gatos se sentem ameaçados por alguém, eles tendem a ronronar ou se esconder. Ele destaca que para que os felinos se sintam mais a vontade, é necessário além de alimentar, ter os cuidados básicos como vacinação e vermifugação, além de dedicar atenção e carinho.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
 

“Os felinos têm o proprietário, o tutor, como se fosse um ente da família, ele depende daquela pessoa, que deve dar carinho e cuidar, principalmente neste período de estresse”, alertou o veterinário Luciano Muritiba, que ainda comentou sobre a quantidade de animais que são abandonados neste período de pandemia.


“Tem pessoas que estão abandonando os animais nas ruas com medo da covid-19 e quero salientar que existe um coronavírus felino e existe um coronavírus canino, mas que não acomete os seres humanos. São doenças já antigas, que existe vacina e não há possibilidade do animal ser um vetor de transmissão para os seres humanos”, destacou em entrevista ao Acorda Cidade.

Luciano Muritiba lembra ainda que os animais de estimação não são brinquedos e devem receber carinho e cuidados pelo resto da vida. Por isso ele alerta que as pessoas analisem se realmente querem dedicar essa atenção aos animais, antes de resolver criá-los.

“Quem pensa em adquirir um animal nesse momento de isolamento social, deve lembrar que a pandemia vai passar e esse animal vai ter que ser cuidado, alimentado com carinho até o resto da vida dele. O animal não é um brinquedo e as pessoas devem pensar bem se querem se dedicar a ele”.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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