Feira de Santana

Audiência pública na Câmara Municipal discute a situação da Famfs

Segundo o vereador Edvaldo Lima, com o resultado das discussões será feito um encaminhamento aos três poderes para que juntos, eles possam ajudar a retomar as atividades da Famfs com a força que tinha antes.

Acorda Cidade

Uma audiência pública foi realizada na manhã desta quinta-feira (6) na Câmara Municipal de Vereadores para discutir a situação da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs). A proposta da audiência foi do vereador Edvaldo Lima (PP). Segundo ele, essa discussão é importante, pois a Famfs tem um trabalho importante para a cidade.

“Solicitei a audiência pública por entender que a Famfs é uma instituição que atende milhares de crianças e adolescentes a margem da sociedade e hoje devido aos recursos públicos, seja federal, municipal ou estadual, esses projetos foram retidos e a Famfs está com dificuldades”, afirmou.

Segundo o vereador Edvaldo Lima, com o resultado das discussões será feito um encaminhamento aos três poderes para que juntos, eles possam ajudar a retomar as atividades da Famfs com a força que tinha antes.

O professor Antonio Lopes Ribeiro, que é ex-gestor financeiro da Famfs, afirmou que atualmente a instituição se encontra adimplente financeiramente e que o que há são processos de avaliação da situação de todos os recursos que foram administrados pela Famfs durante todos os anos.

O ex-gestor explicou que vários motivos contribuíram para que a Famfs entrasse em descrédito e perdesse recursos financeiros, fazendo com que boa parte dos serviços executados no local, parassem de funcionar. Ele citou alguns.

“O primeiro foi quando um diretor declarou que a Famfs não tinha prestado contas, mas não era verdade, pois hoje temos as contas aprovadas. O segundo ponto foi quando o Ministro do Esporte declarou nacionalmente que não fazia mais convênios com ONGs. Nós tínhamos um convênio, onde atendíamos 58 crianças e adolescentes, tínhamos uma fábrica com mais de 1.600 pessoas trabalhando, fabricando todo tipo de material esportivo e ali se inviabilizou qualquer negócio”, afirmou, lembrando ainda que houve acusações de desvio de recursos por parte de diretores da instituição.

“O terceiro motivo foi a notícia de que os diretores da Famfs teriam desviado 10 milhões de reais e quando provamos que foi erro de execução, houve mais descrédito. Depois houve a segunda notícia dizendo que a Famfs tinha desviado 5 milhões e 700 mil reais. A gente foi provar que esse dinheiro foi para material esportivo, onde tinha previsto 80 mil itens e fabricamos 93 mil itens e entregamos a todos os destinatários que o ministério pediu, então ficou provado que cumprimos com o objetivo do projeto e isso também está na justiça”, afirmou.

Segundo o professor Antonio Lopes Ribeiro, recentemente existiu uma nova denúncia dizendo que as contas foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pedindo a devolução de 4 milhões e 100 mil reais.

“Informamos que esse dinheiro foi referente a quatro convênios de 2000, 2001, 2002, 2003 com a finalidade de atender os infratores do Melo Matos. Agora eles querem que eu devolva esse dinheiro. Estou aguardando alguns documentos para provar que tudo foi executado”, disse.

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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade 

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