Feira de Santana

Associação comemora Dia do Autismo e fala sobre dificuldades em manter entidade

Atualmente, existem aproximadamente 150 crianças autistas, em Feira de Santana, e ao lado delas, o preconceito.

Laiane Cruz

Foi comemorado nesta terça-feira (2) o Dia Mundial do Autista. Na cidadediversas atividades foram promovidas pela Associação Autista de Feira de Santana (AAFS), em parceria com o município, no Centro de Cultura Amélio Amorim, para marcar a data. Estiveram presentes, crianças, portadoras do transtorno, pais e amigos, além de profissionais de várias especialidades. O objetivo foi conscientizar a população em torno do Autismo.

De acordo com a presidente da Associação Autista de Feira de Santana, Aléssia Flávia Souza Vargas, foram ministradas palestras sobre os tipos de autismo e como as famílias devem lidar com o transtorno psicológico e o processo de inclusão social.

O evento contou também com diversas atividades lúdicas para aproximadamente 50 crianças. “Nós esperávamos mais, mas infelizmente muitas pessoas foram mal informadas sobre o evento”, afirmou a presidente.


O transtorno
De acordo com Aléssia Flávia Souza, o autismo é um transtorno invasivo no desenvolvimento que afeta o comportamento, a linguagem e as interações sociais do indivíduo. “Por isso, nós temos que conscientizar a sociedade do que seja o autismo, para as pessoas saberem os limites deles”, destaca.

Atualmente, existem aproximadamente 150 crianças autistas, em Feira de Santana, e ao lado delas, o preconceito. “O preconceito maior é porque eles não param, são hiperativos, não tem noção do perigo, e muitos são agressivos, pois não foram estimulados”, afirmou Aléssia Flávia.

Ela falou ainda sobre a importância de uma formação específica para crianças e adolescentes portadores do transtorno. “Na associação, nós trabalhamos com a estimulação precoce das crianças com atividades da vida diária, como se vestir, se calçar, comer, ir ao banheiro e conhecimentos do corpo. Todo o material é produzido na associação para trabalhar o didático e o pedagógico com eles”, explicou.

A associação conta também com profissionais voluntários de diversas áreas, como psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos que atuam de modo específico para cada autista.

Dificuldades
Ainda segundo a presidente da Associação Autista de Feira de Santana, o local passa por dificuldades estruturais e financeiras. Faltam materiais, alimentos e uma estrutura física adequada para as crianças. 

Ao todo são 28 crianças que recebem atendimento gratuito diariamente na associação. “O que temos é só a sede que a prefeitura liberou de tanto pedirmos, mas a nossa principal dificuldade é a falta de patrocínio das empresas privadas e os órgãos públicos”, disse. 
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