Cultura

Artista plástico defende preservação do patrimônio histórico e cultural de Feira através da construção de maquetes

As maquetes dos casarões antigos de Feira de Santana representam fielmente cada detalhe histórico e arquitetônico das obras.

Rachel Pinto

Atualizada às 13:14

Foi realizada na tarde de terça-feira (18), na Câmara Municipal de Vereadores de Feira de Santana, uma sessão solene para celebrar os 185 anos de emancipação política da cidade. O prefeito Colbert Martins e autoridades participaram do evento, além do arquiteto e artista plástico Vivaldo Lima. Ele palestrou sobre a importância do resgate cultural e histórico dos casarões de Feira de Santana e levou maquetes produzidas por seus alunos de arquitetura para exposição na casa da cidadania e chamar atenção sobre o assunto.

Vivaldo disse que a ideia de produzir as maquetes com os alunos surgiu como uma inquietação à medida que a cidade vai perdendo valores arquitetônicos.

“Alguém tinha que falar alguma coisa, fazer, e esse alerta não é um protesto. É chamando a atenção de que é preciso prestar mais atenção ao que está acontecendo na cidade. Para que ela não fique descaracterizada. Eu costumo dizer que Brasília não tem a obrigação de nenhum casarão e uma hora dessa os casarões de Feira vão caindo um a um. Nós vamos ficar parecidos com Brasíla, que foi feita nos anos 60 e então é preciso que tenha registro dessa nossa memória “, afirmou.

Para Vivaldo, é necessário que seja desenvolvida na população uma consciência “retrofit”, o termo faz a alusão sobre a adaptação do antigo ao novo momento.

Ele contou que as maquetes foram feitas durante todo um semestre e trouxeram para os alunos uma consciência crítica sobre a cultura e a história da cidade. Foram produzidos projetos arquitetônicos, como o da Prefeitura Municipal, Casarão Fróes da Mota, Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e Colégio Pequeno Príncipe.

O artista plástico frisou ainda que a consciência“retrofit”, precisa existir no poder público e empresariado.

“Na Europa tem leis para preservação do patrimônio. É preciso criar leis para isso. Não se pode destruir para construir em cima de uma construção antiga. A consciência“retrofit” pega uma cosntrução antiga e adapta com uma linguagem moderna e atual. Essa mesma construção inclusive conta a história dessa ruína e dessa construção antiga”, concluiu.

As maquetes dos casarões antigos de Feira de Santana representam fielmente cada detalhe histórico e arquitetônico das obras e foram produzidas pelos alunos do curso de arquitetura da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (Unef).

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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