Laiane Cruz
Arquitetos e engenheiros da prefeitura de Feira de Santana se reuniram, nesta quinta-feira (7), na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) para tentarem uma audiência com o prefeito Colbert Martins. Eles querem reajuste salarial de acordo com a remuneração do mercado. Além disso, os servidores estão insatisfeitos com a possibilidade de contratação de profissionais de outra cidade para elaboração do projeto de requalificação do centro comercial.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito informou que se reuniu no ano passado com representantes da Associação dos Servidores Municipais Engenheiros e Arquitetos (Asmea), para tratar da pauta de reinvindicações. No entanto, segundo ele, a prefeitura está em seu limite prudencial de gastos.
Quanto ao projeto de requalificação do centro comercial da cidade, ele afirmou que uma empresa foi contratada para elaborar o projeto, que será licitado, mas que está aberto ao diálogo com os servidores.
“Essa discussão pode ser feita, não cabe greve, nem paralisação, para discutir essa questão de participação nos extremos da cidade, mas há uma razão maior da pressão, e eles têm razão. Eu só não posso assumir o pagamento, várias outras categorias estão pedindo reajuste e nós estamos no limite prudencial. Eu não vou ultrapassar, porque aí a responsabilidade passa a ser minha. Se ultrapassar eu corro risco, inclusive, de ter as contas na prefeitura reprovadas. Em razão disso, nós estamos mantendo esse equilíbrio”, justificou o prefeito.
Colbert Martins destacou que são 42 profissionais da prefeitura disponíveis para o trabalho, porém é preciso analisar a questão do tempo de elaboração do projeto, para que outras obras não fiquem prejudicadas.
“Temos que ver quanto tempo isso vai demorar, porque se demorar muito, isso impede que a prefeitura possa contratar novas construções que são importantes para nossa cidade, e nós esperamos que isso possa vir da forma mais regular possível. Agora se houver prejuízo para a cidade, não é valor que vamos gastar, nós podemos ver alternativas que sejam viáveis para a nossa terra”, disse.
O prefeito disse ainda que é preciso analisar o nível de dificuldade financeira da prefeitura para dar uma resposta à reivindicação dos arquitetos e engenheiros.
“Espero que até a próxima semana eu possa concluir isso. Nós estamos fazendo o fechamento da contabilidade de 2018, vendo exatamente o nível de dificuldades que nós temos agora. Tem ações judiciais com relação à educação e a saúde, que já foram promulgadas. Não é uma questão só, são várias questões. O certo é o seguinte: se ultrapassar o limite prudencial, quem fica inviabilizado no governo é o prefeito e eu não vou permitir que Feira de Santana aconteça uma situação dessa que prejudique a nossa cidade”, declarou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.