Feira de Santana

Após trabalhadores desistirem de protesto, empresa Rosa paga salários faltando ticket alimentação

Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, o pagamento foi efetuado na terça-feira (6).

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Os motoristas e cobradores da empresa Rosa, que presta serviço de transporte coletivo urbano em Feira de Santana, iriam promover uma paralisação por duas horas no dia de ontem (6), em protesto contra a falta de pagamento dos salários, que deveria ter sido realizado na segunda-feira, dia 5 de junho.

Por conta de uma decisão judicial que proíbe as paralisações, o funcionamento do transporte coletivo não foi afetado. Ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato dos Rodoviários do município, Alberto Nery informou que o pagamento foi efetuado ainda no dia de ontem, mas não houve o repasse do ticket alimentação que é equivalente a cerca de R$ 660.

Presidente do Sindicato dos Rodoviários
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Nós tomamos conhecimento ontem no final da tarde de que os salários haviam sido depositados, mas era para ser pago junto com o ticket alimentação, entretanto a empresa não pagou. Esse ticket representa praticamente 30% do salário, é equivalente a quase R$ 660, o suficiente para eles fazerem a feira do mês”, pontuou.

Segundo o presidente, a empresa Rosa fez um parcelamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas ainda não apresentou ao Sindicato.

“Existe um déficit junto ao FGTS da ordem de aproximação de 14 meses. Segundo eles, nós tivemos uma reunião no dia de ontem, e foi dito que houve um parcelamento mas não foi apresentado ainda ao Sindicato. Eu acho que isso inclusive, é papel do poder público cobrar, que eles apresentem mensalmente o pagamento do Fundo de Garantia porque no contrato para que eles venham explorar este sistema, consta lá que o poder público cobraria mensalmente o pagamento dos direitos trabalhistas, entre eles, está lá constado o Fundo de Garantia”, disse.

Ainda de acordo com Alberto Nery, o município não está repassando o subsídio para as empresas, referente à tarifa reduzida.

“Ela funciona normalmente a partir das 8h da manhã até às 11h30, no período da tarde a partir das 14h30 até às 17h. Essa tarifa social que acho isso é até desumano, a pessoa que sai para trabalhar está pagando R$ 4, e a pessoa que sai para ir até a rua fazer compras, paga apenas R$ 2, eu acho que se é para fazer uma tarifa social, deveria ser feita como em Vitória da Conquista, como um todo. A prefeitura assumiu esses R$ 2 de todos os passageiros que utilizam o transporte. Nos finais de semana por exemplo, aos domingos, a tarifa é de R$ 2, se a empresa transportar 3 mil, 4 mil passageiros, ela deixou de receber R$ 6 mil, então esse valor é pago pela prefeitura, que segundo os empresários não estão repassando”, concluiu.

O Acorda Cidade irá entrar em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Administração para obter informações sobre o subsídio.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Leia também: Trabalhadores da Rosa desistem de paralisação de advertência que ocorreria nesta terça-feira (6)

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