Gabriel Gonçalves
A costureira Lucimária Maria dos Santos, moradora do bairro Centro em Feira de Santana, foi atropelada no dia 30 de outubro do ano passado próximo à Igreja Universal na Avenida Getúlio Vargas.
No momento do acidente, Lucimária fraturou o fêmur e há quase três meses, está desempregada, necessitando comprar medicamentos e recebendo doações de vizinhos.
Ao Acorda Cidade, ela contou que os dias estão ficando cada vez mais difíceis, devido as dificuldades enfrentadas.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"No dia do acidente, eu lembro que iria atravessar a Avenida Getúlio Vargas e junto comigo tinha outro rapaz que iria me acompanhar, quando de repente só vi o impacto. Ele teve algumas escoriações e só lembro quando acordei dentro da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebendo os primeiros atendimentos. Tive a fratura na bacia, afundamento no crânio, algumas escoriações também e de lá para cá, estou vivendo assim, em cima de uma cama. Esse mês eu tinha uma revisão para fazer, mas infelizmente eu não tinha como ir, não tenho cadeira de rodas, então consegui remarcar para o dia 14 de fevereiro a consulta, no dia também eu não tinha condições de pagar um carro. Antes do acidente, eu sempre trabalhei como costureira, trabalhava com a máquina reta da minha irmã, mas agora não estou tendo mais condições", informou.
De acordo com Lucimária, não há nenhum familiar que possa acompanhá-la, nem para realizar as atividades dentro de casa.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Eu não tenho nenhuma condição de fazer as coisas aqui, ninguém pode ficar comigo, a minha única irmã que eu tenho por parte de mãe, já toma conta da nossa mãe que tem 89 anos de idade e não anda, e não enxerga mais, além disso, ela já tem problema também de artrose, quase que não anda, então eu fico aqui, nessa casa, dependo de uma cadeira de rodas, não consigo me locomover, mas graças a Deus, tem uma vizinha aqui que sempre que possível, traz a cadeira de rodas da mãe dela, e aí eu tomo banho, mas fico nessa situação aqui. Infelizmente estou passando por muitas dificuldades e o meu fogão está ali, sem o botijão, porque eu tive que vender, para comprar meus remédios. Não estou nem comprando os remédios que o médico passa porque são caros, estou comprando aqueles similares. A única coisa que eu quero, é poder voltar a trabalhar, se alguém conseguir uma doação de uma cadeira de rodas, eu também serei muito agradecida, mas está sendo difícil ficar aqui, sempre deitada nessa cama, até para ir ao banheiro, eu não consigo, tem um balde aqui ao lado da cama para que eu possa fazer as coisas. Com o que as pessoas puderem me ajudar, serei eternamente agradecida, porque esse colchão aqui mesmo, é fruto de doação que a vizinha me fez", concluiu.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Para ajudar Lucimária, as pessoas interessadas podem entrar em contato pelo número (75) 99111-5176 ou pelo contato da irmã, (75) 98314-8632.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade