Feira de Santana

Após retirada de mictórios, reitora da Uefs explica motivo: “Revitalização dos banheiros”

Amali Mussi reforçou que a retirada dos mictórios serão devidamente recolocados, após as obras de requalificação dos banheiros.

mictórios
Foto: Reprodução/Diga Aí Feira

Após um assunto ter ganhado destaque nesta semana, de que a retirada de mictórios na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) teria sido solicitada diante de um pedido de inclusão e que causou indignação a um vereador da cidade, a professora e reitora da Uefs, Amali Mussi, esclareceu ao Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (7), o verdadeiro objetivo da retirada dos urinóis.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News, Amali Mussi enfatizou que a retirada dos mictórios foi realizada em virtude de obras de revitalização em todo o campus. Ela também comentou sobre a divulgação de conteúdos nas redes sociais como forma de descredibilizar a instituição.

“Qualquer pessoa que chegue à Universidade Estadual de Feira de Santana vai observar a olhos nus o quanto estamos realizando obras, desenvolvendo projetos. É pavimentação, revitalização de banheiros, reestruturação de laboratórios, uma infinidade de investimentos que estamos realizando na infraestrutura, visando o bem estar de toda a comunidade externa e interna também. Na retirada dos mictórios, você precisa depositar em algum lugar, e nós não descartamos porque eles serão retornados, os banheiros estão todos em revitalização. Vamos colocar cabines nos mictórios, estamos colocando trocadores em alguns banheiros femininos, estamos trocando portas, trocando vasos e eu não sei porque o mictório chamou tanto atenção, não sei se por uma questão social, mas a mídia de Feira de Santana tem nos dado a oportunidade para que a gente coloque à disposição para qualquer pessoa que vá na universidade e converse conosco. Quem tirou a foto não nos procurou para saber o motivo, estamos vivendo em um mundo onde se procura muito fazer sensacionalismo”, disse.

A reitora da Uefs ainda reforçou que os mictórios serão devidamente recolocados, após as obras de requalificação dos banheiros. Além disso, outros investimentos estão sendo aplicados para garantir o bem estar e conforto de estudantes e toda a população.

“Terão mictórios que serão substituídos, mas é uma pequena minoria, mas eles serão retornados com uma outra perspectiva de banheiro, estamos fazendo uma revitalização muito maior. Não retiramos os mictórios para descarte, é para a reestruturação. Os mictórios não foram retirados para serem descartados, eles vão retornar. O nosso objetivo é oferecer bem estar. Estamos trocando azulejos, pias, fazendo tudo para gerar mais conforto e em um determinado momento houve a necessidade de retirar os mictórios para depois recolocar. Será um banheiro modernizado. Nós estamos com a construção de uma arena de esportes que vai atender o público da região do Feira VI, estamos construindo mais uma quadra, pavimentando o campus, ampliando laboratórios”, afirmou.

Sobre as alegações de que a retirada dos mictórios seria causada pela solicitação de um grupo LGBTQQICAAPF2K+ como forma de inclusão na universidade, fato alegado pelo também vereador Edvaldo Lima na Câmara Municipal (veja mais aqui), Amali Mussi enfatizou que não houve qualquer solicitação por parte dos estudantes para modificar a estrutura da instituição.

“Não tem fundamento essa informação embora a universidade esteja preocupada com a inclusão de todos, mas nunca recebemos grupo LGBTQIA + para solicitar qualquer mudança na estrutura de nossa universidade”, frisou.

Indicativo de greve

Na terça-feira (4), uma assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), aprovou, por unanimidade, o indicativo de greve por parte dos professores da instituição. Ao ser questionada sobre a possibilidade de paralisação, a reitora comentou ainda que no próximo dia 14 de junho, representantes do governo se reunirão com a categoria e discutirão a apresentação de um plano de recomposição para as perdas salariais.

“Estamos em um momento de negociação com o movimento docente, com o governo do estado. Está prevista uma nova reunião entre as associações docentes com o governo no dia 14 de junho. Então essa assembleia coloca o indicativo de greve com ações que antecedem o aguardo da reunião no dia 14. Esperamos que seja uma reunião proveitosa e que nessa reunião ocorra uma negociação”, concluiu.

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