Lei do Silêncio

Após restrição estadual, prefeitura diz que decreto municipal já proibia festas com paredão em Feira de Santana

Para auxiliar nas denúncias da operação Feira quer Silêncio, um novo número de WhatsApp foi disponibilizado para a população.

Gabriel Gonçalves

Após seis pessoas morrerem e 12 ficarem feridas durante uma festa de rua que estava sendo realizada no bairro do Uruguai em Salvador na noite da última terça-feira (12), o governador Rui Costa anunciou que será proibida qualquer realização de festas em ruas, sem a comunicação prévia às autoridades no estado da Bahia.

Embora esta seja uma decisão que abrange todo o estado, o município de Feira de Santana já atua tanto na sede, quanto na zona rural com a operação 'Feira quer Silêncio'.

No último final de semana por exemplo, a equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), apreendeu 10 aparelhos de som, sendo oito automotivos e dois residenciais.

Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (14), o chefe de fiscalização da Semmam, Camilo Cerqueira, destacou que esta operação já acontece há muito tempo com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

"Nós estamos atuando todo final de semana não só aqui na cidade, quanto na zona rural e as nossas fiscalizações acontecem com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, pois eles são os responsáveis pela segurança, para que a equipe de fiscalização, possa cumprir a lei municipal. Infelizmente foi depois de uma tragédia em Salvador, que o governador tomou esta decisão, mas as fiscalizações aqui em nossa cidade, já acontecem há muito tempo", disse.

De acordo com Camilo, por conta da extensão do município, infelizmente não há equipe suficiente para estar em todos os locais onde há denúncias de 'festas paredões'.

"Nesse final de semana nós apreendemos um paredão que estava dentro de uma residência, porque na verdade, o cidadão desmontou do fundo de uma caminhonete e instalou dentro de casa para fazer um evento. Quando estávamos nesta fiscalização no bairro Lagoa do Subaé, já estávamos recebendo um chamado no bairro do Tomba, então tentamos nos dividir ao máximo para obter êxito nessas fiscalizações. Atualmente nós temos 11 fiscais que dividimos em grupos para cada fiscalização junto com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal. Infelizmente, apenas a equipe de servidores públicos não tem condições de atuar nestas fiscalizações, nós não trabalhamos com coletes à prova de bala, apenas com caneta e um talão, e durante essas fiscalizações, a própria Polícia Militar encontra pessoas armadas, pessoas com drogas e que precisam ser conduzidas até a delegacia", destacou.

Para auxiliar nas denúncias da operação Feira quer Silêncio, um novo número de WhatsApp foi disponibilizado para a população.

"Todas as denúncias são feitas pelo 190 e 156, mas a gente sabe que a demanda é grande na central do 156, porque são denúncias diversas, são pessoas que denunciam terrenos abandonados, lixo espalhado pela cidade, então nós estamos disponibilizando um novo número para a comunidade, específico para a operação Feira quer Silêncio, as pessoas podem entrar em contato através do (75) 99968-8192", concluiu.

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