Daniela Cardoso
Atualizada às 16h30
Após recomendação do Ministério da Saúde e também da secretaria estadual de Saúde da Bahia para que todas as pessoas utilizem as máscaras sempre que necessitem sair de casa, a procura pelo item, que já era grande, aumentou ainda mais. Com a falta das máscaras nas farmácia, muita gente tem recorrido as máscaras de tecido como opção para se proteger.
Na manhã desta segunda-feira (6), uma fila enorme se formou em frente a uma loja de tecidos na Avenida Senhor dos Passos, centro da cidade. Única loja do setor aberta no local, e ainda seguindo as recomendações de segurança, onde só um cliente pode entrar por vez, os consumidores tiveram que ter paciência.
A costureira Virgínia Paes, que já trabalha no ramo há quase 20 anos, sabe da dificuldade que é para encontrar os materiais necessários para a fabricação das máscaras de pano, com as lojas do comércio fechadas. Por isso, ele teve paciência para esperar. “Não tem loja aberta para comprar os materiais, então tem essa dificuldade. Já imaginei que ia ter fila aqui e vou esperar”, disse.
Virginia informa que está contando com a ajuda da família para produzir cerca de 200 máscaras por dia. A produção está dividida para as vendas, doação e para o próprio uso. “É um pouco de tudo. Estou preparando para mandar pra asilos, já que o marcado está em falta. A prioridade é pra área de saúde e a gente tem que se virar pra se proteger”.
O taxista Carlos Fernandes não estava com a mesma disposição da costureira. Ele contou ao Acorda Cidade que estava pensando se esperava ou se desistia. “A fila tá um pouco grande, só tá entrando de um em um, mas a gente tem que usar máscara. Não encontrei em lugar nenhum desde a semana passada e quando achei foi com preços absurdos, então vou mandar fazer. A fila tá grande e estou aqui pensando se vou esperar”, disse.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade