Após perder a mãe, jovem pede apoio para cuidar do irmão com leucemia

^{Gabriel Gonçalves}

Indiara Santos Sena, de 27 anos, moradora do bairro Mangabeira em Feira de Santana, perdeu a mãe recentemente, vítima de problemas renais e de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mãe de três filhos de 1, 3 e 9 anos de idade, Indiara, atualmente está desempregada e após a morte da mãe, ficou com a responsabilidade de cuidar do irmão Daniel Santos Sena, de 24 anos, portador de anemia falciforme.

Há cerca de um ano, Daniel foi acometido por um câncer no sangue, a leucemia. A doença está se agravando, fazendo com que o jovem perca a coordenação motora do corpo. Em entrevista ao Acorda Cidade, Indiara explicou que atualmente mora de aluguel, mas por não ter condições de pagar as mensalidades, terá que morar na casa, onde o irmão residia com a mãe, porém, a casa está em péssimo estado de conservação.

"Nós temos 18 dias que perdemos a nossa mãe, ela que estava na luta com problemas de coração, teve problema nos rins, deu AVC hemorrágico, teve três derrames, chegou a ficar em coma por três dias, mas não resistiu. Meu irmão já tem um ano que descobriu um caroço nas axilas, pensamos que fosse uma íngua, mas quando fomos ao Clériston Andrade, que foi feito a ultrassom, descobriu que ele estava com câncer e após ter feito a biópsia, identificou que o câncer é no sangue. Agora estamos com essa situação, minha mãe morreu, deixou uma casa, mas a situação é crítica, meu irmão está precisando de remédios, precisa se locomover, porque ele não está mais andando, tenho três filhos, de vez em quando, recebemos doações de cestas básicas, tenho aluguel da minha casa para pagar e estamos necessitando de ajuda", afirmou.

Indiara explicou que já está com ordem de despejo da atual casa onde reside por falta de pagamento, mas explicou que as condições estruturais da casa que a mãe morava, não permitem ela ficar com os três filhos e o irmão.

"A casa precisa de uma reforma, quando chove, molha tudo, nossa casa não tem muros, a porta da frente não fecha perfeitamente, não temos porta do fundo, as janelas estão penduradas para não cair e infelizmente estamos passando por esta situação. Como eu estou sem pagar o aluguel da casa onde moro, desde o mês de dezembro do ano passado, a dona já pediu a casa de volta. Enquanto minha mãe estava viva, estávamos recebendo auxílio, o que ajudava na compra de remédios, no transporte, mas agora não sabemos o que fazer", lamentou.