Feira de Santana

Após notificação da Prefeitura, camelôs prometem mobilização contra retirada de barracas

Muitos camelôs receberam, nesta segunda-feira (9), uma notificação da Sedur determinando a remoção das barracas em um prazo de 48 horas.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A Prefeitura de Feira de Santana deve enfrentar nos próximos dias a mobilização de camelôs contra a retirada de barracas instaladas próximas a um empreendimento, que está sendo construído ao lado do Feiraguay.

Muitos camelôs receberam, nesta segunda-feira (9), uma notificação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) determinando a remoção das barracas em um prazo de 48 horas.

De acordo com a notificação, em caso de descumprimento da determinação do prazo estipulado, a Prefeitura de Feira de Santana deverá aplicar outras medidas contra a instalação dessas barracas.

Foto: Arquivo Pessoal

Um grupo de camelôs organiza uma mobilização contra a medida da Prefeitura. Esse mesmo grupo também pretende ajuizar ação coletiva na tentativa de garantir a permanência das barracas no local.

Medida Judicial

“Alguns camelôs trabalham nesse local há mais de 30 anos. A Prefeitura não pode, simplesmente de uma hora para outra, determinar um prazo de 48 horas para que essas barracas sejam removidas. Todos retiram desse trabalho o sustento de suas famílias e merecem respeito”, disse o advogado Albino Brandão, contratado pelos camelôs.

O camelô Juracy Oliveira Brandão tem barraca no local há 35 anos. Ele disse que nunca foi procurado pela prefeitura para tratar de qualquer assunto dessa natureza. “O clima aqui é de ameaça por conta de uma empresa que diz que vai construir um shopping no local. Em todos esses anos, inclusive agora, nunca houve uma negociação, sequer para discutir um local para nos remover”, contou.

Desde 2008 no local, o também camelô Almiro Sérgio dos Santos, lamenta a possibilidade de ser retirado do espaço, pois, segundo ele, se isso ocorrer vai retirar o sustento de sua família.

“Não temos condição nenhuma de remover nossas barracas daqui. A Prefeitura em momento algum nos sinalizou para onde pretende nos relocar. Nunca nos convocou para discutir a ocupação do espaço. Apenas disse que vamos sair e que temos que sair”, comentou Almiro Santos.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
guest
5 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Laerte de Oliveira

ENQUANTO ISSO A ENTRADA PRINCIPAL DA UEFS ESTÁ BLOQUEADA POR MANIFESTANTES QUE REIVINDICAM A CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES. NO PERÍODO ELEITORAL NO CAMPUS DA INSTITUIÇÃO O QUE SE VIA ERA ADESIVOS DO ATUAL GOVERNADOR.

Cidadao V

Se o local é publico e devidamente arrendado ele tem todo direito, se foi invadido tem recolher os impostos e taxas atrasados ou seja ele deve 30 anos de impostos e taxas ou sai ou paga!

Mario Oliveira

Nós outros estados, a lei é cumprida e ninguém morre de fome, aqui logo vão aparecer vereadores que adoram uma mídia para angariar votos, e apoiar os camelôs que fazem da cidade o que bem querem e entende, tudo em nome do sustento da família.

Baiano

Ali é um verdadeiro ninho de rato. A Municipalidade deveria construir box na praça da República em frente do Centro Paroquial. Outra coisa são estabelecimentos de grande porte a exemplo de um posto de gasolina que invadiu essa praça e até hoje estão lá.

Charles Arlindo Alves de Santana

Infelizmente políticos envolvidos para instalar o caos a prefeitura tentar organizar eles têm apoio, para o pior e melhor para feira têm quê tirar mesmo