Após a manifestação realizada na tarde de segunda-feira (26), em frente a Prefeitura de Feira de Santana, por uma comissão de moradores do bairro Papagaio que tiveram prejuízos com as últimas chuvas, o superintendente de Obras e Manutenções (Soma), João Vianey, abordou as medidas adotadas pelo poder público municipal para aprimorar a estrutura da rede de drenagem na região.
Desde as fortes chuvas do dia 26 de janeiro e 17 e 20 de fevereiro, moradores do bairro têm enfrentado alagamentos, enchentes e perda de bens materiais, como móveis e eletrodomésticos, por conta das inundações.
Segundo os manifestantes, em determinados lugares a água chegou à altura da cintura. Apesar de ser um bairro em expansão, com diversos condomínios, não tem valido a pena comprar imóveis na região.
Em resposta as reclamações, o superintendente pontuou que a situação das últimas semanas vividas pelos moradores de Feira de Santana é algo incomum que diversas regiões do país também estão passando.
“É importante frisar que foram ocorrências com índices pluviométricos altíssimos. É uma situação que em todo o país está se identificando. As chuvas altamente concentradas, criando transtorno em vários locais do país. Não é uma condição específica de Feira de Santana”.
Segundo João Vianey, o município conta com um plano de drenagem estudado pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba) que considera três bacias, no caso do bairro Papagaio, a Bacia do Pojuca. Após as chuvas, a limpeza da área já iniciou.
“Esse afluente que vem, nasce na Lagoa da Pindoba, no Novo Horizonte, cruza a BR-116 e vem conduzindo até o Parque Linear. Nós estamos com a escavadeira hidráulica lá, iniciamos uma limpeza, estamos viabilizando uma escavadeira de braço longo para limpar o curso em toda extensão”, informou.
O superintendente ressaltou, que em 2020, a prefeitura realizou um trabalho de limpeza intensa na região, entre as ruas Francisco Fagundes Filho, Rubens Francisco Dias e a Ayrton Senna, antes mesmo da duplicação da Rubens Francisco, e que, novas ações estão sendo implementadas para conter novos transtornos com a drenagem.
“Naquele momento, tirou-se muito entulho desse curso, algumas edificações e moradias que estavam, e de fato, ao longo desse tempo, apesar de algumas intervenções, serviços de limpeza que a Sesp conduziu, houve um assoreamento e um comprometimento de vazão. Nós estamos mobilizados lá, iniciamos essa limpeza logo após a ocorrência da chuva da semana passada”, declarou.
Além disso, João Vianey afirmou que a Soma, em parceria com a Secretaria de Planejamento, está fazendo estudos de drenagem com condomínios e alguns empreendimentos que estão se instalando na região para ampliar a rede que cruza as principais vias do bairro.
“Estamos estudando a ampliação dessa rede que cruza a Rubens Francisco e que conduz paralelo à Fagundes Filho, passando pelo condomínio Lagune. Fizemos a topografia, tenho associado às análises hidrológicas e hidráulicas que já tem, vai ser feito um estudo da contribuição desses condomínios, envolvendo tanto as empresas quanto a Prefeitura, para que a gente possa definir esse projeto e fazer essa intervenção, reforçando essa condição de vazão”, informou.
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Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade
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