Feira de Santana

Após manifestação, Câmara Municipal não pauta precatórios dos professores nesta terça (28)

Os professores da rede municipal que participaram da manifestação na segunda-feira, pediam para que o projeto fosse votado e aprovado.

Câmara Municipal
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Mesmo com a manifestação de professores, realizada na manhã de segunda-feira (27), o projeto de lei referente aos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) não foi apresentado, nem sequer votado na manhã desta terça-feira (28), durante sessão na Câmara Municipal de Feira de Santana.

Os professores da rede municipal que participaram da manifestação na segunda-feira, pediam para que o projeto fosse votado e aprovado.

Segundo a APLB de Feira de Santana, a proposta visa a antecipação dos recursos da segunda parcela dos Precatórios, “vendendo mais de R$ 300 milhões aos bancos”. O sindicato dos professores ainda afirmou em nota que não é contrário à antecipação do pagamento, mas defende que seja realizado de forma opcional e individual.

Ao Acorda Cidade, o líder do governo na Câmara, José Carneiro Rocha, disse que a oposição não informa porque é contra a antecipação dos recursos e corrobora para adiar a votação do projeto.

José Carneiro
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Encaminhou-se um projeto pedindo a autorização da Câmara Municipal para pagar os precatórios que vencerão em 2025. Agora, não sei por que a oposição formada pelos vereadores do PP, do PT e do Psol, estou falando de Eremita Mota e Luiz da Feira, além de Emerson Minho, não dizem porque são contra a antecipação desses recursos para os professores. A APLB por sua vez se manifesta contrária à tramitação do projeto e a gente observa que a questão é exclusivamente política. São milhares de professores que deixam de receber esses precatórios ainda agora, no governo de Colbert Martins”, declarou. 

Além disso, José Carneiro questionou porque a mesma ação de antecipar os precatórios foi aprovada pelo governo estadual, mas a Casa da Cidadania teme em continuar vetando a mesma ação no município. 

“A Câmara Municipal deixou de ser a Casa da Cidadania, não tem mais regimento interno e tem uma forma ditatorial de reger. Eu esperava que o projeto fosse lido, ele nem foi ainda, para depois entrar em pauta. Primeiramente é ler o projeto, encaminhar às comissões para posteriormente pautar. A presidente da Câmara não quer que seja pago os precatórios dos professores”, acrescentou José Carneiro ao Acorda Cidade.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a vereadora Eremita Mota informou que o projeto será devolvido para o Poder Executivo, para que novos esclarecimentos sejam acrescentados.

Eremita Mota
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O projeto já foi analisado aqui pela procuradoria da casa e com certeza, ele será devolvido para os devidos esclarecimentos por parte do executivo. É preciso esclarecer que este recurso dos precatórios chegará aos cofres públicos no próximo ano, e o que é que o prefeito está fazendo? Ele novamente quer um cheque em branco, dizendo que 60% desse dinheiro é para repassar para o professor, então são várias interrogações que vão ficar aqui na cabeça do povo. Antecipar um ano de juros, quem é que vai pagar esta conta? Este é um dos questionamentos”, afirmou.

Segundo Eremita Mota, o prefeito está querendo utilizar o dinheiro para cobrir um tipo de “rombo”.

“Olha só, 60% desse dinheiro vai repassar para o professor, resta 150 milhões de reais, ele quer usar para o que bem quiser, ou seja, isso eu até coloquei hoje na Câmara como um cheque em branco, então na gestão dele, ele já recebeu 300 milhões de reais de precatórios e por que não pagou? Eu falei isso hoje na presença dos professores, por que que ele não pagou estes precatórios aos professores? Antes não podia pagar e agora pode? Então está na cara que ele quer antecipar o dinheiro para cobrir algum rombo que a gente não sabe, quero dizer que ele já provou que não tem a mínima capacidade de gerir a cidade, a cidade está cheia de mato, a cidade não tem limpeza, a cidade não tem insumos na área da saúde, a cidade está acabada, então é uma prova de que realmente a cidade está destruída”, pontuou.

Leia também:

Professores da rede municipal cobram votação de projeto na Câmara que permite antecipação dos recursos do Fundef

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
3 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários