No último dia 5 de abril, foi encerrada a intervenção do Shopping Popular Cidade das Compras, realizada pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana. A intervenção foi decretada no dia 6 de outubro de 2023 pelo prefeito Colbert Martins para correções e ajustes, visando o aperfeiçoamento do Contrato de Concessão.
Na manhã desta quinta-feira (11), o novo superintendente que fará a gestão do entreposto comercial, foi apresentado aos permissionários.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, informou que este encontro foi uma forma de oficializar a nova gestão do Shopping.
“Estamos aqui hoje a pedido do prefeito, acompanhado do ex-secretário Fanael Ribeiro, para conversar com os comerciantes sobre esse momento pós a intervenção que durou 180 dias. Nós estamos aqui conversando com o novo superintendente do shopping, o Sr. Luís Antônio, que mostra ser uma pessoa de extrema experiência, veio de São Paulo, do shopping Cidade das Compras como de vários shoppings do Nordeste. O que mais nos tranquiliza, é que o comerciante está sendo tratado de uma forma diferente. Primeiro, nesses últimos dois anos que existe o Shopping, nunca teve uma superintendência aqui. Tinham essas meninas aqui que atendiam os comerciantes. Muitas vezes os comerciantes chegavam nervosos, falavam alto, elas não tinham muito controle também, respondiam da mesma altura, gerando uma animosidade muito grande. Luiz Antônio é uma pessoa experiente, vem com outra atitude, imbuído na política progressista de realmente fazer com que o Shopping retome seu crescimento, buscando bancos, buscando lojas amplas e buscando os camelões”, afirmou.
Ao Acorda Cidade, o novo superintendente informou que uma das primeiras mudanças a serem implantadas no local, será a adequação ao sistema único de Shopping do Brasil e declarou que não está substituindo Elias Tergilene.
“É uma gestão de perto, vamos trabalhar junto com os comerciantes. Nós vamos ter sugestões, ideias, as regras de Shopping vão ser implantadas. Vamos adequar ao sistema único de Shopping do Brasil, horário de abertura, horário de fechamento. Vamos trazer muitos eventos para dentro do Shopping, nosso objetivo é ter uma movimentação de pessoas e entender que aqui realmente é um local bom para se comprar e melhorar a experiência de compra do cidadão feirense. O Elias era presidente do grupo, eu venho na função de superintendente, a função operacional, eu não tenho ações no grupo, eu não sou sócio, eu sou realmente um contratado para fazer uma função de gestão do Shopping”, disse.
Segundo Luiz Antônio, o Shopping Popular tem todas as possibilidades para que possa ter um crescimento.
“Tem tudo para dar certo pelo fato de ser um comércio gigantesco, hoje nós temos um espaço amplo, nós temos produtos de qualidade com preço mais baixo do das lojas de marca no centro da cidade. Então, se a gente analisar o cliente hoje, ele vai procurar realmente o preço e o atendimento. Atendimento, experiência de comerciante informal de 20 anos, 30 anos que sabe fazer a sua venda, sabe atender, é diferente. Então, assim, eu acredito que tendo cliente, em qualquer box que ele encostar, ele não sai sem comprar. Nós temos atendimento, temos produtos de qualidade e nós temos um espaço amplo e confortável. Só falta ele ser trabalhado para isso, entendeu? Para fazer realmente funcionar da forma que tem que ser feita”, enfatizou.
O advogado do consórcio, Emanuel Almeida, também esteve presente na apresentação do novo superintendente. Segundo ele, a mudança significa um marco inicial para o Shopping Popular.
“Essa reunião foi como se fosse um marco inicial da retomada do Shopping, do final da intervenção. A intervenção acabou na sexta-feira passada e hoje foi um ato solene de informação aos permissionários, aos lojistas, de que a partir dessa semana a gestão volta para o Shopping Popular, e que a partir de agora, a prefeitura vai acompanhar apenas como poder fiscalizador e o que a gente espera é que a gente possa realmente ter um outro momento na relação e no futuro desse Shopping que é uma grande construção para a cidade”, pontuou.
Segundo Emanuel, a prefeitura irá assumir o aluguel dos permissionários até o final deste ano.
“Houve um cadastramento dos camelôs, que eram pessoas que comercializavam na rua, e o município então, como eram pessoas de vulnerabilidade social, o município assumia por parte desse pessoal, então o município passou a assumir, desde aquela época esse compromisso social de arcar com essa despesa”, explicou.
O advogado também disse ao Acorda Cidade quais são as obrigações por parte dos permissionários que devem honrar com os pagamentos.
“Aqui com relação ao Shopping, unicamente, nesses casos, é o condomínio, porque existe a questão da limpeza dos banheiros, da energia elétrica, da água fornecida, então essa despesa é rateada entre todos os lojistas, o valor dessa taxa é inclusive muito pequena, que é R$ 40 por metro quadrado, e é a despesa que eles assumem. Os lojistas que compraram lojas e que pagam seus aluguéis, que é uma outra faixa, esses pagam o aluguel e também o condomínio”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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