Feira de Santana
Após 25 dias em greve, bancos reabrem com grandes filas
As agências do Bradesco estavam cheias, pois muitos aposentados foram tentar sacar o benefício ou recadastrar senhas.
Daniela Cardoso
As agências bancárias particulares e as agências do Banco do Brasil voltaram a funcionar depois de 25 dias de greve em Feira de Santana. Os bancários do Banco do Nordeste e da Caixa Econômica Federal rejeitaram a proposta apresentada em assembléia na noite da última sexta-feira (11) e permanecem paralisados.
Na manhã desta segunda-feira (14) longas filas se formaram nas portas das agências bancárias da cidade. As agências do Bradesco estavam cheias, pois muitos aposentados foram tentar sacar o benefício ou recadastrar senhas.
O aposentado José Pinheiro, 72 anos, chegou ao banco às 8h e aguardou na fila durante 2h. Ele foi receber a aposentadoria, que estava liberada desde o dia 1º. “Eu não esperava essa fila toda aqui. Não tive prioridade, pois tem muitos aposentados. Vim pegar o dinheiro para pagar as coisas que estou devendo”, afirmou.
Isaías Gomes de Matos, também aposentado, disse que apesar de muita gente na fila, ele ia aguardar o atendimento. “Vou aguardar para receber o dinheiro. Era para eu ter sacado desde o dia 6, mas se não der para sacar hoje volto amanhã ou depois”.
O comerciante Carlos Luiz foi ao banco para fazer o recadastramento do seu cartão, mas quando viu o tamanho da fila, resolveu ir embora. “Esperava que o bando estivesse cheio, mas não desse jeito. Amanhã vou ver se retorno aqui”, disse.
Em contato com o Acorda Cidade, o Diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Edmilson Cerqueira, informou que os bancários vão compensar os dias paralisados trabalhando uma hora a mais por dia. Porém, essa hora a mais será para trabalhos internos, permanecendo o horário de atendimento ao público externo das 9h às 16h.
“Haverá essa compensação, pois os dias paralisados não serão cortados. Esse é um acordo que ocorre em todas as greves”, ressaltou.
Com a proposta aceita, o reajuste é de 8% (1,82% de aumento real) e o piso dos bancários terá aumento de 8,5%. Também foi acertado aumento de 10% sobre a parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados e uma elevação de 2% para 2,2% no percentual de lucro que deverá ser distribuído pelos bancos.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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