Pandemia

Apesar de fechamentos e falta de produtos do mercado, comércio de Feira teve recuperação positiva em 2020

'A economia teve uma grande queda, mas depois foi subindo', informa diretor do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista do município, Marco Antônio Silva.

Gabriel Gonçalves

Feira de Santana, a maior cidade do interior da Bahia, e o mais importante entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste registrou uma queda significativa nas vendas do comércio durante o ano de 2020, mas está em fase de recuperação.

De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista do município, Marco Antônio Silva, essa queda está relacionada com o período do primeiro semestre, quando foi decretado o fechamento do comércio por conta da pandemia de covid-19.

Foto: Arquivo Pessoal
 

"Houve uma queda significativa muito grande no primeiro momento do início da pandemia nos meses de março e abril, só depois que teve o início de uma recuperação. Com o fechamento do ano, principalmente depois das vendas de Natal, virada de ano, pesquisas apontam o número aproximadamente de 20% de queda. Essas informações foram passadas pelos próprios empresários, mas os números ainda estão sendo fechados pelo IBGE", explicou Marco Antônio ao Acorda Cidade.

Recuperação rápida

De acordo com o diretor, após o fechamento do comércio de Feira de Santana, a recuperação nas vendas até o período do Natal aconteceu de forma rápida, surpreendendo os próprios lojistas.

"O número da queda de vendas no início da pandemia foi muito maior, mas depois diminuiu até chegar neste período de Natal com uma perspectiva positiva de recuperação, mais rápida do que a gente imaginava. A economia teve uma grande queda, mas depois foi subindo rapidamente mesmo com as restrições e a população começou a entender melhor como se proteger da situação. O comércio foi muito ativo seguindo os protocolos e isso tudo ajudou na recuperação", destacou.

Falta de produtos

Ainda segundo Marco Antônio, com a suspensão das atividades em algumas indústrias, o comércio varejista e atacadista sentiu falta de muitos produtos no mercado.

"Além dos problemas como o fechamento do comércio, tivemos a falta de produtos, algumas indústrias quando param a produção, para recuperar o ritmo demoram muito tempo e algumas empresas trabalham com fornos, ou com alta tecnologia, e quando param, o próprio processo de reconhecimento, de revisão dessas máquinas e equipamentos demoram um certo tempo, e no Natal faltaram muitos produtos assim como aconteceu durante o decorrer do ano", disse.

Em relação ao mercado de trabalho, o diretor do sindicato destacou que o município de Feira de Santana se comportou bem na manutenção dos empregos, não gerando mais desempregos para a cidade.

"A própria lei que reduziu a jornada de trabalho e suspendeu contratos garantindo emprego foi muito importante para que não se demitisse muitas pessoas, além da recuperação rápida dos empregos daqueles que foram demitidos. Feira de Santana hoje se encontra no patamar de pré-pandemia em número de empregos no comércio e isso nos dá uma grande esperança de que em 2021 possamos ter um desempenho econômico favorável. Já estamos tendo a vacina e isso deve estar acelerando os processos nos próximos dias, dando confiança as pessoas e o comércio está como sempre tendo um papel muito importante na geração de empregos e de renda para essa rápida recuperação", finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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