Feira de Santana

Aos 71 anos, morador de Feira de Santana viaja a pé para Salvador

Ele deixou a cidade de Feira de Santana, seguindo pela BR-324 e espera chegar à capital baiana até este domingo (16).

Laiane Cruz

Já imaginou viajar de uma cidade a outra, só que a pé? Aos 71 anos de idade, o aposentado Luiz Eduardo Jardim Fiuza decidiu encarar esse desafio. Na manhã deste sábado (15), ele deixou a cidade de Feira de Santana, seguindo pela BR-324 em direção a Salvador, caminhando.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Com estilo aventureiro, roupas leves, chapéu, e tênis apropriados, Luiz Eduardo leva na bagagem muitas frutas, barrinhas de cereais e muita fé de que tudo dará certo e que completará o seu percurso até este domingo (16). Mas não é a primeira vez que ele percorre grandes trilhas, como ele mesmo contou em entrevista ao Acorda Cidade.

“Eu já faço trilha há algum tempo. Já fiz a região dos lagos no Rio, já fiz do Porto da Barra à Sereia de Itapuã, o Anel Rodoviário. E meu sonho é fazer o caminho de Santiago de Compostela, que vai do sul da França até a Espanha”, relatou.

Durante o percurso, haverá algumas paradas para reabastecer as energias, em postos de combustíveis, onde será possível beber água de coco e energéticos. A expectativa do trilheiro é fazer cerca de 4 a 6 km por hora, encerrando a caminhada hoje, por volta das 17h, em um ponto pré-estabelecido para pernoitar e no outro dia seguir viagem.

 

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“A média de caminhada é de 4 a 6 km por hora, mas não estou correndo maratona, quero o desafio pelos meus quatro filhos e seis netos. Faço isso por eles. Minhas botas não transpiram, a bermuda e a camisa são de caminhada. E tenho um bastão, que seria uma terceira perna, que tira frutas e afasta animais”, informou.

Todo esse esforço será recompensado ao final com o abraço de uma das suas netinhas. Chegando à capital baiana, ele irá visitá-la e depois já descansado e com as energias renovadas, volta na terça-feira para Feira de Santana, mas dessa vez de ônibus, porque ninguém é de ferro, não é mesmo?.

“A qualidade de vida que eu tenho, pela misericórdia de Deus, é porque não tenho hábitos não saudáveis. Não bebo, não fumo, me alimento razoavelmente bem. Pela idade, eu tenho predisposição genética para ter diabetes, e nos últimos exames que eu fiz a médica pediu que eu maneirasse o açúcar. Mas todo o tempo é tempo para caminhar. O sedentarismo está matando as pessoas. Andar é o mais natural dos exercícios, não necessariamente para Salvador, mas as pessoas estão na zona de conforto. Você sai de casa de carro, pega elevador, e isso está sendo a rotina das pessoas, aliado à má alimentação. Ainda tem o agravante da pandemia, que fez com que as pessoas ficassem muito reclusas”, avaliou.

E o Acorda Cidade deseja boa sorte e sucesso na caminhada ao aventureiro!

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

 

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