Feira de Santana

Animais de rua com esporotricose: moradora denuncia situação e cobra providências

Segundo Lucineide, a população não tem informação sobre a doença, que tem tratamento, e acaba matando os animais de rua

Animais de rua com esporotricose: moradora denuncia situação e cobra providências
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Uma moradora do bairro 35º BI, em Feira de Santana, está preocupada com uma situação grave envolvendo animais de rua. De acordo com ela, muitos desses animais estão doentes, com esporotricose, sem assistência veterinária e acabam transmitindo a doença para outros animais, que muitas vezes são abandonados pelos seus tutores.

Lucineide Conceição Pereira, que é cuidadora de idosos, diz que está tentando ajudar, mas precisa de apoio do poder público para orientar a população e para disponibilizar medicamentos para tratar a doença dos animais de rua.

“Essa é uma doença que acomete tanto animais quanto seres humanos e tem se alastrado aqui no bairro. As pessoas, por não conhecerem a doença, tem descartado seus animais para a rua. A doença tem se proliferado, pois pega em outros animais que já estão na rua e é algo terrível para a população. É um desaso, não tem para onde correr”, afirmou.

Segundo Lucineide, a população não tem informação sobre a doença, que tem tratamento, e acaba matando os animais de rua ou descartando os animais domésticos, o que agrava a situação, porque a doença se espalha para outros animais.

“Alguns bichinhos que estavam doentes próximo a minha rua desapareceram e depois fiquei sabendo que eles foram mortos. Também acompanhei o caso de uma senhora, que pedi para que ela não descartasse o animal, que eu iria procurar alguém que ajudasse, mas ela não teve paciência e ela acabou descartando”.

A moradora disse que esse problema ocorre desde novembro do ano passado e que ela já procurou o Centro de Zoonoses para buscar ajuda, mas foi informada que não havia recursos disponíveis. Ela destacou que para resolver o problema, teria que disponibilizar um remédio e também orientar a população.

“É importante informar aos tutores de que não há necessidade de descartar o animal e nem matar. Pode fazer o tratamento com medicações específicas. O ideal também é que os moradores não deixem seus bichinhos soltos na rua porque como são fungos, eles estão na terra. Se manter os animais em casa eles não se contaminam com essa doença que está no solo, geralmente nas ruas”, destacou.

Lucineide disse ainda que no local não há nenhum tipo de apoio para cuidar ou recolher os animais de rua. Somente ela e outros dois moradores que tentam ajudar da maneira que podem, fazendo campanhas para cuidar dos animais.

O que diz a prefeitura?

O Centro Municipal de Controle de Zoonoses (CCZ) segue atuando para evitar o aumento da esporotricose – doença caracterizada como micose, que pode afetar animais e humanos. Esta é causada por fungo (Sporothrix schenckii).

Neste sentido, equipes do CCZ já realizaram ações nos bairros que apresentaram suspeitas da doença, a exemplo do Subaé – ano passado foram feitos 32 atendimentos e neste ano três.

Também reforça que os atendimentos clínicos nos animais com suspeita da doença continuam sendo feitos normalmente na sede do CCZ, que está instalado no avenida Eduardo Fróes da Motta, bairro Pedra do Descanso.

O órgão informa, ainda, que o serviço de visitas para atendimento do animal no domicílio da pessoa será reativado pelo CCZ dentro em breve.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

A esporotricose pode ser controlada e prevenida com adoção de medidas higiênico-sanitárias que visam reduzir os riscos de transmissão do agente para outros animais e humanos. Os sinais mais característicos da doença são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente, localizando-se principalmente na face, orelhas e membros.

PMFS/SECOM – SMS

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Leia também: Centro de Zoonoses de Feira de Santana alerta para o aumento dos casos de esporotricose em gatos

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