Feira de Santana

Amigos de jovem que morreu atropelada reivindicam radar na Nóide Cerqueira

Após saberem da morte de Beatriz, colegas do colégio Professora Tecla Melo, onde a jovem estudava, resolveram fazer uma manifestação e fecharam a Avenida Nóide Cerqueira.

Daniela Cardoso

Um grupo de estudantes realizou uma manifestação na tarde desta quarta-feira (12) na Avenida Nóide Cerqueira, em Feira de Santana, para reivindicar a colocação de redutores de velocidade. Segundo os estudantes, vários acidentes já ocorreram na via, devido a alta velocidade praticada por alguns motoristas.

O caso mais grave, foi da jovem Beatriz Ferreira Cruz, 17 anos, que foi atropelada no dia 29 de maio em frente a barraca de fogos Aladim. Ela permaneceu internada no Hospital Geral Clériston Andrade por 73 dias e morreu na noite de terça-feira (11).

Após saberem da morte de Beatriz, colegas do colégio Professora Tecla Melo, onde a jovem estudava, resolveram fazer uma manifestação e fecharam a Avenida Nóide Cerqueira. Rosângela de Brito Pereira, que é mãe de um aluno, afirmou que o filho e um sobrinho já foram atropelados no local.

“Ela trabalhava na barraca de fogos e quando foi atravessar foi atropelada. Ficaram de colocar esse radar e até hoje não colocaram. Perdemos uma jovem, por causa da velocidade com que os carros passam aqui na Nóide Cerqueira. Já vi vários acidentes, inclusive meu filho e um sobrinho já se acidentaram aqui e ninguém resolve nada. Queremos a colocação de um radar e pretendemos fazer novas manifestações, caso o problema não seja resolvido”, afirmou.

Vanessa de Oliveira Bastos, que era amiga de Beatriz, lamentou a morte da jovem. “Quando eu vi a notícia que ela foi atropelada, acreditei que ela ia resistir, já que ficou muito tempo internada. Mas agora soubemos que ela morreu. Isso acontece porque os motoristas correm muito. Além disso, não prestou socorro pra ela. Vários amigos meus já sofreram acidentes aqui e a Beatriz morreu. Queremos uma solução”, desabafou.

15 dias após o acidente que vitimou a jovem Beatriz Ferreira Cruz, o Acorda Cidade fez uma reportagem no local, onde ouviu comerciantes que reclamavam da mesma situação e também solicitavam a colocação de radar.

O superintendente municipal de trânsito, Francisco Junior, também foi ouvido e, na ocasião, ele afirmou que a Nóide Cerqueira é uma avenida nova e importante na cidade, mas que "infelizmente existem condutores sem cidadania. Muita gente está promovendo, inclusive, pegas no local. Estamos tentando criar uma dinâmica de fiscalização e recentemente colocamos equipamentos fotosensores para inibir essas práticas”, afirmou.

Além disso, Francisco Junior destacou que o governo do estado foi responsável pela construção da via, que, de acordo com ele, não acompanhou a ideia da modernidade que a cidade precisa, do ponto de vista da colocação de faixas de aceleração e desaceleração, para que a pudesse ter uma dinâmica melhor e possibilitar a criação de cruzamentos.

“Estamos com uma via nova e que já precisa de adaptações. Infelizmente nesse primeiro momento existem outras demandas para nossa cidade. Não sei se existe restrição para que sejam feitas intervenções estruturais. Porém é um serviço caro. Então, enquanto gestor, é melhor pegar uma via que vai poder ser construída do início, do que pegar uma para fazer intervenções. Talvez nesse momento seja um gasto que não esteja na programação do gestor atual”, destacou.

As informações e fotos são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade