Feira de Santana

Agricultores celebram chegada das chuvas e preparam o terreno na esperança de boa colheita

Com o aumento das chuvas de verão no início do ano muitos agricultores estão preparando o terreno para novos plantios na esperança de boas colheitas em 2023.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Apesar de alguns transtornos que o aumento das chuvas provocam para a zona urbana de Feira de Santana, na zona rural as grandes chuvas que caem nas propriedades são recebidas com muita comemoração, principalmente, após períodos de estiagem.

Com o aumento das chuvas de verão no início do ano muitos agricultores estão preparando o terreno para novos plantios na esperança de boas colheitas em 2023.

Adriana Lima de Jesus, secretária de formação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar de Feira de Santana, relatou que as chuvas de verão abrem espaço para o cultivo de sementes favoráveis às chuvas de verão.

“Geralmente o mês de janeiro não costuma ser chuvosos, mas este ano, da forma como o ano iniciou nós já temos uma boa expectativa. Conforme a tradição quando os três primeiros dias do ano se iniciam com chuva é sinal de que o ano vai ser favorável principalmente para a questão da agricultura familiar, então diante disso estamos com uma grande esperança e expectativa. E daqui os dias já estaremos limpando o solo para a a preparação da plantação”, contou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O período de chuvas de verão é ideal para o plantio do feijão-de-corda, do Mangalô, do Andu e da mandioca.

“Todos esses cultivos se favorecem com a chuvas de verão”, relatou.

Frutas

De acordo com Adriana, as chuvas favorecem o cultivo da acerola.

“Quase em todas as comunidades as acerolas estão se perdendo com a quantidade de chuva. A safra de caju foi perdida, não existe no nosso município. A manga ela está sendo razoável, mas quase que não estamos tendo muita safra de manga, a seriguela que também está vindo aí, o que dá a condição de termos frutos com mais qualidade sendo favorável ao crescimento do fruto no momento certo. Cada fruta tem um período e essas são favoráveis para a época”, explicou a secretária.

Nem todos os produtores tem como fazer a medição da quantidade de chuva.

“Os produtores medem mais na questão do olhar. O início do mês foi de muita chuva no nosso município tanto na zona rural quanto na zona urbana, o que eu considero muito bom para o homem do campo”, informou.

Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com o sindicato, existe a previsão de que pode chover por mais alguns dias.

“Nem tudo às vezes dá certo, mas a nossa expectativa é que aconteça e que venha a favorecer o homem do campo, porque é de lá que ele tira o seu sustento”, observou.

Contribuições da Chuva

Conforme destacou Adriana, a chuva é o milagre da terra.

“Sem chuva não há condição de produção. Então, quando a gente ver a chuva é momento da gente se alegrar e colocar as nossas energias na terra para que a produção aconteça e a alimentação possa chegar até as nossas mesas com fartura”, pontuou.

Prejuízos

Adriana observou que as pessoas que não possuem moradia digna sofrem com as chuvas.

“As pessoas que não tem moradia adequada sofrem com as consequências das chuvas. Quando exagerada, determinados produtos ficam ‘bêbados’. Mas neste período não temos nenhuma cultura que traga essa consequência”, afirmou.

Papel do Sindicato

Segundo Adriana contou ao Acorda Cidade, o papel do sindicato é lutar, reivindicar e representar o homem do campo.

“Temos o papel de aumentar a nossas expectativa em relação a produção de alimentos, então diante disso estamos com esse incentivo e com o pensamento positivo que este ano vamos plantar e colher com dignidade”, destacou.

De acordo com o último censo, aproximadamente, o município possui cerca de 40 mil agricultores que sobrevivem da agricultura familiar.

“Desde que me entendo como gente eu sou trabalhadora rural. Nasci no campo, saí por um período na zona urbana por uma necessidade”, informou a moradora do distrito de Matinha, Terezinha de Jesus, 54 anos.

Uma das culturas específicas para a época, segundo Terezinha, é o milho, o feijão, a mandioca e furtas diversas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“No período de estiagem tem umas culturas específicas como o feijão-de-corda”, lembrou.

Os produtos cultivados, conforme Teresinha, são para consumo próprio e para a comercialização.

“A gente consome uma parte e o restante a gente vende para comprar outros produtos que a gente costuma não produzir na zona rural. E as frutas, como temos uma fábrica de polpas de fruta no nosso município, conseguimos colocá-las na fábrica para a produção de polpas, como frutas de caju, tamarindo, manga, acerola”, elencou.

A agricultora relatou que muitos agricultores nesse período estão plantando milho e feijão-de-corda.

“Eu não comecei ainda, porque como o meu terreno é pouco, eu estou aguardando para plantar o feijão de outro cultivo”, explicou.

Teresinha tem esperança que a chuva permaneça nos próximos dias.

“A gente iniciou um ano com um período bom de chuva e a esperança é que a chuva permaneça e que a gente consiga fazer uma boa plantação nesse ano”, desejou a agricultora.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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