A Comissão da Mulher e da Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Feira de Santana, promoveu na manhã deste sábado (6), uma caminhada pelas principais ruas do centro da cidade.
O evento faz parte do Agosto Lilás, uma campanha nacional sobre a conscientização pelo fim da violência contra a mulher, além de comemorar mais um ano após aplicação da Lei Maria da Penha, criada em 7 de agosto de 2006.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da comissão, Esmeralda Halana destacou que o ato, também tem como propósito conclamar apoio dos poderes públicos.
“Nós estamos neste ato visando justamente chamar a atenção de toda a sociedade, do poder público, do poder judiciário e de todos os órgãos que compõem essa rede de apoio e proteção para que possamos unir forças, para juntos combater esses tipos de violência. A gente sabe que o número de meninas e mulheres violentadas todos os dias é assustador por todo o Brasil, porque não é só aqui em nossa cidade, em nosso estado, então precisamos estar unidos e somar forças para mudar esta realidade, mulheres e meninas merecem respeito, parem de nos matar, parem de nos bater”, declarou.
De acordo com a presidente da comissão, existe uma subnotificação de casos de agressões, principalmente por conta da pandemia, quando as vítimas ficavam mais tempo ao lado dos agressores.
“Nós verificamos que durante a pandemia, existiu algo que é chamado de subnotificação, tendo em vista que as mulheres estavam em casa, junto com estes algozes, para se protegerem da pandemia, mas a gente sabe que a pandemia da violência contra a mulher é gritante. Hoje a gente entende que aumentar a pena, não erradica a violência, mas a gente acredita que um trabalho educativo, uma ressocialização, para que eles possam entender e que este tipo de conduta, não venha mais acontecer”, informou.
Mônica Mattos, também é advogada e presidente da comissão de práticas colaborativas da OAB. Ao Acorda Cidade, ela contou que participou da caminhada pela primeira vez, e destacou a importância da campanha para toda a sociedade.
“Eu estou tendo o prazer de participar pela primeira vez desta caminhada, este é um alerta que nós fizemos, pois ninguém está sozinho, nós precisamos conscientizar toda esta situação de violência, até porque, a mulher em uma situação como esta, ela se torna fragilizada, se sente diminuída, então ela não está só, essa mulher também tem voz e estamos aqui por todas, para lutar por um direito digno”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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