Inaugurado na década de 80, o aeroporto Governador João Durval Carneiro, em Feira de Santana (distante 108 km de Salvador) poderá ser reaberto ainda este ano. A informação foi passada Departamento de Infra-estrutura de Transportes da Bahia (DERBA) que está com um processo de licitação para reforma do local marcada para acontecer hoje (29).
O aeroporto, localizado a 10 km do centro da cidade no bairro Santo Antônio dos Prazeres, foi interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) no ano passado por falta de segurança e desde então não tem permissão para pousos e decolagens de aeronaves. Antes da interdição atendia principalmente aeronaves particulares e de pequeno porte com a autorização do DAC (Departamento de Ação Civil) em Recife.
Na época da inspeção, o laudo apresentado pela ANAC constatou várias irregularidades tais como falha no sistema de rádio, falta de sinalização e de radares, além de desgastes na pavimentação da pista. De acordo com o documento, o governo do estado, responsável pela administração do aeroporto através da Agerba, deveria apresentar um plano para corrigir as falhas.
O diretor geral do DERBA, Berchris Moura Requião Filho informou que o processo de licitação prevê a construção de muro em torno da área do aeroporto, recuperação do pátio de estacionamento e da pista.
“Se tudo ocorrer da forma prevista, acreditamos que em novembro as obras sejam concluídas, então entraremos com a solicitação de inspeção da ANAC para a suspensão da interdição”, informou Requião.
Na reabertura o aeroporto voltará a funcionar da mesma maneira que antes da interdição, ou seja, apenas para pouso e decolagem de aeronaves particulares e de pequeno porte. Sobre a possibilidade de receber vôos domésticos, com o intuito de desafogar o aeroporto internacional Luiz Eduardo Magalhães em Salvador, o diretor explicou que para isto é necessário que seja reequipado dentro das normas e exigências da ANAC. “Mas não tenho informação se existe projeto para atender a esta possibilidade”, revelou.
Inaugurado quando João Durval Carneiro era governador, na década de 80, o aeroporto possui uma pista com 1.500 metros de comprimento e 30 de largura e capacidade para aeronaves dos tipos Brasília, Bandeirante, ou Fokker 50.
O aeroporto funcionou por muito tempo como pista de decolagem e pouso para aviões particulares, com a autorização do DAC (Departamento de Ação Civil) em Recife. O terminal era equipado com uma estação de rádio, que possibilitava a comunicação entre o terminal e as aeronaves.
O equipamento foi retirado e hoje os pousos e decolagens só podem ser feitos visualmente. Durante a noite ou com muita chuva ele não pode ser usado. Também foi retirado o balizamento noturno da pista, levado para o aeroporto de Vitória da Conquista, durante o governo de Waldir Pires.
Atualmente o local está tomado pelo mato e os equipamentos, que ainda restam estão sucateados e guardados em uma sala do terminal.
FÁBRICA DE AVIÕES
Em julho de 2009, a fábrica de aviões de pequeno porte Paradise Indústria Aeronáutica mudou-se da Ilha de Vera Cruz para Feira de Santana, instalando-se em um terreno ao lado do aeroporto.
Com a reabertura do Aeroporto João Durval a empresa espera voltar a utilizar a pista para testar as aeronaves, atividade suspensa desde a interdição. "Por estarmos no Nordeste, longe do eixo Rio – São Paulo temos algumas dificuldades. Às vezes a matéria-prima demora a chegar, mas isto tem melhorado aqui, uma vez que Feira de Santana é uma das cidades da Bahia mais desenvolvidas economicamente e é estrategicamente bem localizada”, destacou o proprietário da empresa, Noé de Oliveira. As informações são do A Tarde