Laiane Cruz
Atualizada às 15h07
Moradora da localidade Alecrim Miúdo, no distrito da Matinha, na zona rural de Feira de Santana, a adolescente de 14 anos Tailane Fiuza da Cruz Santos foi diagnosticada há quatro meses com escoliose idiopática do adolescente. A garota sofre com fortes dores na coluna e não consegue se movimentar bem, devido à curvatura lateral grave da coluna vertebral.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
De acordo com Paula Santana, que é moradora do Jardim Acácia e amiga da família de Tailane, a adolescente necessita de uma cirurgia de urgência na rede pública, mas o procedimento só é realizado em Salvador.
“Ela apresentou esse problema há mais ou menos quatro meses, quando começou a sentir dores na coluna, e a gente começou a perceber que ela estava ficando torta. No decorrer desse período, ela ficou com um quadro já vem avançado. Hoje ela tem 14 anos e sente muitas dores devido ao problema da escoliose. Já passou por consulta. Fizemos uma campanha e pagamos uma consulta com um especialista em coluna, que pediu um raio-X e diagnosticou que ela tem escoliose idiopática do adolescente. O médico solicitou que a família procurasse a rede SUS para fazer a cirurgia dela com urgência”, afirmou Paula Santana.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Ela informou que já procurou por hospitais públicos em Salvador, mas até o momento não obteve resposta.
“O problema dela é cirúrgico. Muitas pessoas que viram a postagem no Instagram entraram em contato com a gente, passaram o número de um hospital em Salvador, que é o Martagão Gesteira. Nós ligamos para lá, e eles pegaram os dados de Tailane, o contato da mãe, mas até hoje a gente não tem nenhuma resposta positiva. Buscamos o tratamento já há três meses, começamos a nos movimentar, fazer campanhas e nenhuma resposta. No Hospital Estadual da Criança foi feito recentemente uma cirurgia de uma criança com esse mesmo problema de Tailane, mas o que eles informaram é que lá não está fazendo essa cirurgia e que a gente tinha que ligar para outro hospital de Salvador”, contou a amiga, que está auxiliando a família de Tailane nesse processo.
Ainda conforme Paula Santana, a mãe de Tailane trabalha como diarista e não tem condições de arcar com os custos de exames e provenientes da cirurgia.
“Essa cirurgia tem que ser feita na rede pública. A mãe de Tailane é diarista e não tem condições de pagar essa cirurgia na rede particular, que segundo informações, custa em torno de R$ 100 mil. Depois que ela fizer essa cirurgia, ela irá precisar ser acompanhada, fazer fisioterapia, e tudo isso tem um custo que a família não tem condições. A gente precisa de um especialista em coluna que possa fazer a cirurgia e também precisamos de ajuda para ela estar se locomovendo para o hospital, em Salvador”, destacou.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
A jovem também falou ao Acorda Cidade sobre o problema que vem enfrentando. Segundo Tailane Fiuza, ela não consegue dormir à noite por conta das dores e tem dificuldade de andar e ficar em pé. Apesar disso, continua indo para a escola.
“Já venho sentindo essas dores há muito tempo, e incomoda muito na hora de dormir. Quando eu ando demais também dói, e fico mais deitada”, disse.
Interessados em auxiliar a adolescente a realizar o tratamento da escoliose podem entrar em contato com Paula Santana através 75 8322-5820. A família também disponibilizou uma chave PIX para receber doações: [email protected]
A direção do Hospital Martagão Gesteira, enviou a seguinte nota:
A Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil informa que se solidariza com a situação enfrentada pela adolescente. Há uma grande procura pelo serviço de cirurgia de correção de escoliose e, por causa disso, há, também, uma fila de espera crescente. Diante disso e dentro da sua capacidade, o Hospital tem realizado o procedimento em pacientes de todo o estado, obedecendo a ordem que respeita critérios técnicos. A família da paciente citada na reportagem entrou em contato com o Hospital e o nome dela já foi inserido na fila de pacientes a serem submetidos à consulta.
Já o Hospital Estadual da Criança (HEC) esclareceu que o procedimento de cirurgia contra escoliose é realizado na Unidade em pacientes de todo o Estado, obedecendo demanda da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade