Dia do Ciclista

Adeptos do ciclismo destacam os investimentos aplicados no esporte

Em apenas dois anos de ciclismo, um dos esportistas já investiu cerca de R$ 5 mil na bike.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A bicicleta se tornou grande veículo de transporte para muitas pessoas, sejam aquelas que utilizam para trabalhar, ir para escola, realizar passeios e até mesmo, fazer deste equipamento, um grande parceiro aliado ao esporte.

Nesta sexta-feira (19), é o Dia Nacional do Ciclista, quando a data foi instituída pela Lei 13.508 sancionada em 2017, e tem como objetivo incentivar a população brasileira a praticar uma reflexão sobre os problemas do trânsito e a necessidade de criação de políticas de trânsito voltadas a garantir mobilidade social para todos.

Praticante do esporte há cerca de dois anos, o engenheiro civil, Wilker Rios Nunes, 24 anos, contou à reportagem do Acorda Cidade que começou a pedalar por conta dos amigos, e a partir daí, não parou mais.

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu comecei pedalando em fevereiro de 2020, eu lembro que quando a gente ainda tá na fase da infância, tem aquele desejo de jogar bola ou andar de bicicleta, então iniciei por incentivo dos meus amigos e estão comigo até hoje. Todo final de semana a gente marca um pedal, vai na cachoeira, para tomar uma água de coco, um refrigerante, entra nesse ritmo, gostei do esporte e e estou até hoje”, contou.

Para praticar o esporte, Wilker contou que não precisou investir muito, mas durante esses dois anos de ‘pedal’, já gastou cerca de R$ 5 mil.

Foto: Arquivo Pessoal

“O ciclismo é um esporte acessível para todos, as pessoas podem iniciar com uma bicicleta barata, até porque não importa se ela é cara ou barata, então no meu caso por exemplo, quando eu comecei fazendo o esporte com os meninos, eu comecei a investir na bicicleta, comprando um equipamento melhor, dando uma manutenção a mais e assim estou levando até hoje. Eu já modifiquei bastante a minha bike, eu comecei com uma barata, hoje já tenho uma mais cara, fui colocando peça por peça e durante todo este período, eu já gastei em torno de R$ 5 mil. Lembro que minha primeira bicicleta eu gastei em torno de R$ 1.500, mas com todos os investimentos que a gente vai fazendo, o esporte vai ficando melhor”, relatou.

O Técnico em Edificações, Gabriel Brandão Dias, 22 anos, também é ciclista e foi por incentivo de amigos, que hoje pratica o Mountain Bike.

Segundo ele, tudo no início é algo novo, assim como os trajetos em que realizava, mas logo depois, passou a realizar trilhas na companhia de grupos.

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu já estou pedalando há cerca de quatro anos, fui começando aos poucos, pedalando pelo próprio bairro, com uma galera pequena, e partir daí, comecei a pegar gosto pelo esporte, tive o incentivo de amigos, comprei uma bicicleta melhor, depois fui presenteado pelo meu cunhado com outra bike, e aí foi assim que comecei a praticar o Mountain Bike”, comentou.

Ainda segundo Gabriel, antes de pedalar em grupo, sempre realiza treinamentos para saber o próprio limite de percurso.

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu particularmente gosto de pedalar seja sozinho ou em grupo, e sempre pedalo sozinho para testar meus limites, mas quando a gente pedala em grupo, tem a questão da amizade, a resenha, vamos na cachoeira, faz uma trilha e aqui em Feira, nós nos reunimos na terça e quintas pela noite ali na Noide Cerqueira, mas quando é no final de semana, preferimos fazer uma trilha”, disse.

Ao Acorda Cidade, Gabriel contou que o maior percurso feito durante este período, foi viajar de Feira de Santana, até a Praia de Bom Jesus dos Pobres, mas que de costume, só percorre até 60km no município.

Foto: Arquivo Pessoal | Wilker Rios e Gabriel Brandão

“O máximo que eu já pedalei, foi em torno de 200km, saindo daqui de Feira de Santana, até Bom Jesus dos Pobres, e quando retornei, ainda completei mais um percurso, mas no geral aqui na Noide Cerqueira, eu faço em média de 50 até 60km, e o número de ciclistas aqui na cidade vem crescendo cada vez mais, acredito até que a pandemia proporcionou isso, muitas pessoas tiveram este gosto, ter a sensação do lazer ao ar livre”, informou.

Amante do esporte, Meujael Tarsis Ferreira, 55 anos, hoje é proprietário de uma loja de equipamentos para bicicletas e fundador do grupo ‘Bora Vermei’. Ao Acorda Cidade, ele explicou o nome inusitado da equipe.

Foto: Arquivo Pessoal

“O nosso grupo Bora Vermei (@bora.vermei) teve início em 2018, na época eu era muito sedentário, não tinha disposição para praticar atividades físicas, mas fui convidado para pedalar. Aceitei o convite de um amigo, fundamos o grupo e estamos até hoje. E este nome, um certo apelido foi motivado por uma viagem que fiz. Eu pedalei sozinho pra uma localidade, não tinha muita orientação e fui perguntando a um e a outro como chegar. O local era ali na região de Santo Amaro e de repente, me encontrei com um grupo de pessoas, justamente para questionar como chegar. Quando eu cheguei nesse espaço, eu estava vermelho que nem um camarão, e o pessoal brincou com o nome ‘bora vermei’, e esse apelido ficou”, explicou.

Foto: Arquivo Pessoal

Com uma loja localizada no bairro do Tomba em Feira de Santana, Meujael informou que o intuito era comercializar as peças, para os próprios integrantes do grupo, mas o projeto expandiu.

“A nossa loja é bem pequena, fica aqui no espaço da minha casa mesmo, Rua Arizona, bairro do Tomba, e como o pessoal sempre precisava de equipamentos, era uma lanterna, um capacete, uma luva, eu decidi montar esse espaço para comercializar e abastecer o grupo, então com isso, o projeto foi crescendo e hoje eu também forneço equipamentos para outras pessoas que fazem parte de outros grupos. Então para quem quer iniciar essa prática do ciclismo, pode começar com uma bicicleta inferior, com um quadro que seja de acordo com o seu tamanho e depois pode começar a investir no equipamento”, explicou.

Jovem empreendedor, Luiz Arthur Senna Queiroz, 21 anos, também decidiu investir em equipamentos esportivos direcionados para o ciclismo. Com uma loja criada no ano de 2020 no bairro Cidade Nova, Luiz contou à reportagem do Acorda Cidade que os amantes possuem um leque de opções, e os valores variam de acordo com os gostos e modelos.

Foto: Arquivo Pessoal

“Quando iniciei com as vendas, foram com os itens principais que as pessoas procuram, seja com peças, acessórios, serviços em geral e roupas, porque é um equipamento que fornece uma segurança até de forma pessoal, dando também um conforto maior. A média de preços varia bastante de acordo com o material, mas aqui na loja por exemplo, nós temos equipamentos que custam entre R$ 80 até R$ 150, seja para crianças, jovens e adultos, até porque o ciclismo é um esporte que não define idade”, pontuou.

Luiz Arthur destacou que o primordial, é prezar por uma manutenção preventiva, como forma de evitar danos maiores na bicicleta.

Foto: Arquivo Pessoal

“Essa questão de investimento, varia muito de acordo com a necessidade da pessoa, além do cuidado que se deve ter com a bicicleta, principalmente a manutenção preventiva, a lavagem correta, lubrificação das peças, porque desta forma, a bicicleta possui uma durabilidade maior. Digo até que não é um investimento alto, pois se torna uma satisfação, um prazer fazer a manutenção para algo que vai utilizar”, disse.

Ainda de acordo com o jovem empreendedor, a prática do esporte está tão acessível, que hoje fornece materiais para outras cidades da região de Feira de Santana.

“Esse setor está crescendo bastante, não só aqui no município mas em outras regiões também, acredito que a pandemia tenha lado positivo porque propiciou esse aumento pela prática do esporte, é algo que reúne amigos, forma grupos e as pessoas não param”, concluiu.

Com informações do repórteres Ed Santos e Maylla Nunes do Acorda Cidade

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