Feira de Santana

Ações para disciplinar funcionamento de bares causam polêmica no centro de abastecimento

Uma das normas que vem causando polêmica determina que os bares só devem ficar abertos até as 18h. Além disso, não é permitido som alto, nem a venda de bebidas alcoólicas e quem insiste é notificado.

Rachel Pinto

Donos de bares que funcionam no Centro de Abastecimento em Feira de Santana não estão satisfeitos com ações que vêm sendo realizadas por quatro secretarias municipais e a Polícia Militar para disciplinar o funcionamento desses estabelecimentos comerciais.

Uma das normas que vem causando polêmica determina que os bares devem ficarem abertos até as 18h. Além disso, não é permitido som alto, nem a venda de bebidas alcoólicas e quem insiste é notificado.

Maria das Graças Cruz de Jesus, comerciante do Centro de Abastecimento há 42 anos, afirmou que a determinação tem causado muitos prejuízos aos comerciantes, principalmente porque o movimento de clientes é maior a partir das 17h e os estabelecimentos ficavam abertos normalmente até às 20h.

“Se passar das 18h e se a gente estiver com a barraca ainda arrumando, mesmo que não esteja atendendo clientes somos notificados. Sempre fechamos às 20h e essa determinação está trazendo prejuízos”, relatou.

Mônica Vitória, outra comerciante do local, confirmou que o movimento de clientes se intensifica exatamente no final da tarde. “O movimento nos bares aumenta no fim da tarde, justamente quando os estabelecimentos devem ser fechados. Umas 17h a gente começa a vender alguma coisa. Quando começa o movimento já é no horário de fechar. Se estiver aberto ou com o som ligado é notificado. Depois da segunda notificação já paga multa”, disse.

Cícera Macedo, que também é comerciante do Centro de Abastecimento, reclamou da estrutura do local. De acordo com ela, o entreposto comercial está muito sujo e não há manutenção da limpeza, principalmente nos banheiros.

“Além dessa determinação, nós sofremos aqui com a falta de estrutura. Muito lixo, banheiros sujos e quebrados. Pagamos nossos impostos e não merecemos isso. Estou muito indignada”.

O diretor do centro de Abastecimento, Delorme Martins, disse que a determinação do fechamento dos bares partiu de uma reunião com a Polícia Militar (PM) e as secretarias municipais. Sobre a manutenção da limpeza do local e manutenção dos banheiros ele disse que a administração tem feito os reparos necessários, mas que infelizmente muitas pessoas acabam danificando.

“Houve uma reunião com a PM e secretarias envolvidas. Foi feito um estudo e nessa reunião foi divulgada essa situação A polícia tem vindo constantemente fazer uma blitz noturna. Em relação aos sanitários temos realizado reparos constantemente, mas infelizmente pessoas que utilizam esses equipamentos acabam danificando”, concluiu.

 

Com informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
 

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