Feira de Santana

Ação busca sensibilizar comunidade sobre os direitos das pessoas com deficiência em Feira

O cadeirante Gilvan Santos de Jesus afirmou, em entrevista ao Acorda Cidade, em Feira há muitos buracos nas ruas e até mesmo no asfalto.

Laiane Cruz

O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Feira de Santana realizou na manhã desta segunda-feira (3) uma ação de conscientização sobre os direitos dessa população e alusivo ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado hoje.

De acordo com a presidente da entidade, Maria Gorete Carneiro Cerqueira, o objetivo é sensibilizar a comunidade a respeitar os direitos das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.

“Não são só as pessoas com deficiência que têm essa dificuldade na travessia de uma faixa de pedestre. Lembrando que pessoas com deficiência, de acordo com a convenção da ONU e a lei brasileira de inclusão são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, em que a interação ou mais barreiras podem obstruir sua participação plena e afetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas”, afirmou Maria Gorete.

Ela ressaltou ainda que muitas pessoas, por falta de respeito às leis de trânsito, podem se tornar pessoas com algum tipo de deficiência, e lembrou que a prefeitura está elaborando um projeto de requalificação do centro comercial, mas que isso deve levar em conta os direitos das pessoas com deficiência no município. “O prefeito informou que Feira de Santana está com um projeto de revitalização do centro, mas ele precisa estar articulado com o conselho das pessoas com deficiência”, frisou.

O cadeirante Gilvan Santos de Jesus afirmou, em entrevista ao Acorda Cidade, em Feira há muitos buracos nas ruas e até mesmo no asfalto. Ele citou também como exemplo o centro de abastecimento, que além do piso ruim, não têm rampas de acesso e possui muita sujeira, dificultando a locomoção de cadeirantes.
“As calçadas estão bastante danificadas e é um sacrifício pra gente passar, e às vezes a gente tem que pedir ajuda”, reclamou.

Com mobilidade reduzida, Gilvan de Jesus Gonçalves, conhecido como ‘Caranguejo’, também se queixa das dificuldades para se locomover na cidade. Ele anda com o auxílio de muletas e diz que as barreiras são muitas.

“A nossa cidade é plana, mas os órgãos públicos deixam a desejar. Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, e a gente vê a dificuldade que é para os cadeirantes. Eu uso muletas e a dificuldade é a mesma, não há nenhuma melhoria. A prefeitura tenta fazer, mas é muita lenta e prejudica bastante o deficiente”, salientou. 

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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