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'A adoção salvou minha vida', conta tatuador feirense em participação no podcast 'Escuto cá entre Nós'

Koala foi colocado na porta da residência do seu pai, ainda bebê por mulheres do Projeto Cegonhas da Noite.

Rachel Pinto

Qual destino pode ter uma criança que foi colocada na porta de uma residência em uma cesta ou caixa de papelão? O personagem da nossa história tem um destino repleto de muitos talentos. É o tatuador, desenhista, músico, compositor, empresário e autodidata Rodrigo Koala. Ele contou durante participação no Podcast do Escuto Cá entre Nós, como a adoção através do extinto Projeto Cegonhas da Noite, salvou a sua vida.

Com 37 anos de idade, Koala é um premiado tatuador, reconhecido na cidade de Feira de Santana, em outros estados e também internacionalmente, mas poucas pessoas sabem sobre a sua história com a adoção. Ele abriu o coração durante o bate papo e contou detalhes como é ser filho adotivo e sua opinião sobre a adoção no Brasil.

Koala foi colocado na porta da residência do seu pai ainda bebê por mulheres do Projeto Cegonhas da Noite, que por ser um método ilegal  foi proibido posteriormente por um juiz da época, mas que desde então recebeu todo carinho, amor e cuidado. Hoje ele tenta transmitir todos os ensinamentos que recebeu para sua filha e cogita também adotar uma criança.

“Sou do ano de 84 e foi nesse ano que essas mulheres estavam fazendo essas boas ações. Que para mim não era ilegal. Para mim ilegal é roubar dinheiro público, roubar qualquer outra coisa, matar uma pessoa, atravessar a faixa. Isso aí que elas fizeram salvou a vida de muita gente, como a minha. Eu podia não ter tido esse talento aproveitado, poderia não ter minha família, não ter um monte de coisa se não fossem elas”, disse.

O tatuador relatou que desde muito cedo o pai lhe contou que era adotivo e sua família biológica era muito pobre, sendo ele o oitavo filho. A mãe não tinha condições financeiras de criá-lo e por isso o colocou para adoção. Koala frisou que tem muita gratidão ao pai, por tudo que ele representou e pode lhe ensinar. O pai de Koala já é falecido e ele revelou que além desse vínculo familiar tão forte, pode aprender com o pai desde muito pequeno o respeito ao outro e a todas as diferenças.

“Sou filho único do meu pai adotivo que era gay. Era um grande homem e sou eternamente grato a ele, mudou o destino da minha vida. Meu pai me passou muita cultura, adoro ler, sou artista por natureza e toco instrumentos, pinto, desenho, escrevo, componho músicas. Ele me influenciou muito e ficou na minha existência física até 13 anos de idade. Mas, está comigo até hoje. Foi um cara fantástico e eu só tenho a agradecer” encerrou.

Saiba mais sobre essa história surpreendente acessando o nosso podcast.
 

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