Laiane Cruz
Foi realizada na manhã desta quarta-feira (13), a 7ª Pesca Solidária, no lago do Parque Erivaldo Cerqueira, localizado no bairro Baraúnas, em Feira de Santana. A atividade é controlada pela Secretaria de Meio Ambiente e os peixes capturados serão doados a instituições de caridade do município, como tradicionalmente é feito na Semana Santa.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O corretor, pescador e violeiro Edvasco Carneiro foi um dos participantes da ação. Segundo ele, em entrevista ao Acorda Cidade, há 50 anos pratica a atividade de pesca como um hobby, mas dessa vez entende que o ato é ainda mais nobre por conta da doação.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Há 50 anos eu pesco, e só de ajudar as entidades vale a pena. Você sacrificar qualquer coisa para ajudar o próximo vale a pena. Eu consegui pescar uma tilápia de 700 gramas. Em um pesque-pague semana passada peguei um tambaqui de 22 kg. Sou pescador de alto mar, rio, toda a costa litoral da Bahia. É meu esporte, deixo tudo para pescar e tocar viola”, afirmou.
Também presente ao evento, o prefeito Colbert Martins Filho explicou que o objetivo dessa Pesca Solidária é retirar uma quantidade de peixes do lago, de forma controlada, para que haja a reprodução de outros peixes no local.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Portanto, é uma despesca, onde estamos retirando uma quantidade controlada e iremos distribuir nesse período da Semana Santa para algumas entidades beneficentes da cidade. Esse tipo de atividade acontece pelo menos duas vezes ao ano e é controlada pelo Meio Ambiente. Vamos pedir essas ações para outros parques da cidade e lagoas também. Não está acontecendo no Parque da Cidade, no Feira VII, porque a Embasa permitiu que o esgoto contaminasse a lagoa.”
Colbert Filho citou ainda que planeja ações também no Rio Jacuípe e está buscando se reunir com os prefeitos dos municípios beneficiados pelo Lago de Pedra do Cavalo para realizar mais ações ligadas à pesca, agricultura e pecuária nestes locais.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O chefe de educação ambiental da Semman e ambientalista, João Dias, destacou que serão beneficiados por meio desta ação solidária o Lar do Irmão Velho, o Dispensário Santana e a Associação de Apoio à Pessoa com Câncer (AAPC).
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“As entidades ficam na expectativa de receber as doações desse pescado. Então eu convidei pessoas, pescadores amadores e profissionais, que se inscreveram e estão participando da pesca conosco. Nós esperamos pescar em torno da 200 a 300 quilos de peixes, entre traíras, tilápias, tambaquis e carpas. Aqui existem várias outras espécies, mas são nativas e menores, como o camboatá, muçum, pari viva, duas espécies de piaba, corró, que são peixes nativos. E as espécies que foram introduzidas de outras bacias hidrográficas foram a tilápia do rio Nilo, na África, temos aqui o tambaqui, o tucunaré e o jundiá onça, que são da bacia hidrográfica do Amazonas, e o carpa, que foi trazido da China”, informou João Dias.
O ambientalista disse também que a pesca busca capturar os peixes maiores, para que se possa fazer uma reintrodução com peixes mais novos. “Os peixes também têm uma idade limite de crescimento. Os tambaquis daqui chegaram a essa idade limite, já as tilápias estão com uma alta densidade, ou seja, tem muito peixe por metros cúbicos de água.”
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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