Teve início nesta quarta-feira (7), a 1ª reunião do Fórum Baiano de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana em Feira de Santana. O evento que segue até esta quinta (8), está sendo realizado no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Entre os assuntos a serem abordados estão financiamento e soluções pós-pandemia, estruturação de sistemas coletivo urbano, complementar, alternativo, intermunicipal e metropolitano, e a problemática do transporte clandestino.
Participam do evento, o presidente do Fórum e secretário de Transportes e Trânsito de Feira de Santana, Saulo Figueiredo; o diretor de Transportes de Feira, André Akio; o diretor executivo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Alexandre Resende, além de gestores de Aracaju, Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Rio de Janeiro.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário Saulo Figueiredo deu mais detalhes.
“Este Fórum é um braço da ANTP, uma instituição que já tem 45 anos e fomenta os fóruns regionais ou nacionais, e nestes encontros, o objetivo tem um caráter técnico e não político, mas de compartilhar experiências. Trouxemos pessoas do Ministério e Desenvolvimento Regional para sinalizar as questões no que diz respeito ao financiamento, trouxemos também amigos do Departamento do Transporte do estado do Rio de Janeiro para compartilhar as experiências de lá, principalmente no combate ao transporte clandestino, e que lá no Rio de Janeiro, infelizmente envolve questões com milícias também. O governo federal também precisa ter este carinho por estes passageiros, por estas pessoas”, contou.
De acordo com o secretário, um dos principais desafios encontrados à frente da pasta, é encontrar recursos para disponibilizar uma frota de qualidade para todos os munícipes.
“Em 2023, o nosso principal desafio será buscar recursos, uma ajuda do estado, do governo federal para que possamos aumentar a nossa frota. Existem alguns projetos também com relação às tarifas reduzidas, expansão da micromobilidade, temos o nosso Expresso Novo Centro que tem como valor de passagem R$ 0,50, aumentar o período de entrepico, pois o nosso objetivo é atrair o passageiro para que possam retornar com a utilização do transporte público”, afirmou.
Para o diretor executivo da ANTP, Alexandre Resende, o problema da mobilidade urbana já deixou de ser algo restrito ao município, e passou a ser um desafio a nível de Brasil.
“Consideramos que realmente estamos passando por um momento muito grave na mobilidade urbana no país inteiro. Então a ANTP já vinha estudando desde de 2014 uma queda no transporte urbano das mais diversas cidades do país, sejam elas de grande ou médio porte. Após a pandemia, isso passou a se agravar mais ainda e nós registramos um pico absurdo com uma queda de 70% da demanda do transporte urbano, então a partir daí, a gente entende que a mobilidade urbana já não é mais um problema municipal, e sim um problema que passou a ser nacional. O intuito dos prefeitos e secretários é unir estas forças, ter um grupo forte para que a gente possa convencer os deputados no congresso nacional e as autoridades de Brasília, para que existam os subsídios. É importante também dizer que não somos contra a gratuidade, até porque foi um direito, foi uma conquista”, apontou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram