Neste Novembro Negro, mês de luta contra o racismo e pela valorização das vidas negras, diversas escolas de Feira de Santana têm mobilizado suas comunidades para celebrar o momento com uma programação especial.
Na Escola Municipal Antônio Antunes dos Santos, localizada no povoado de Terra Dura, no distrito de Humildes, não foi diferente. A escola está realizando o primeiro Festival Afro Pop, em alusão ao mês da Consciência Negra.
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O evento integrou estudantes, professores, pais e funcionários em atividades culturais que celebram a história e a identidade afro-brasileira.
Toda a movimentação dos estudantes destacou a importância de resgatar a ancestralidade e reforçar o sentimento de pertencimento entre eles. O evento também mostrou o compromisso da escola com a valorização da cultura afro-brasileira e o desenvolvimento de seus estudantes como cidadãos conscientes e orgulhosos de sua história.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a professora Ivone Gomes Santana, destacou o quanto o festival representa o trabalho de quatro anos de iniciativas voltadas à valorização da cultura negra na escola. Em uma das atividades mais especiais, os estudantes assumiram o protagonismo e mandaram muito bem para dizer “o que é ser negro no Brasil”.
“Estamos fazendo já o nosso quarto ano, e esse é o primeiro festival, para a gente reforçar nos nossos alunos, que em sua maioria negra, essa valorização do ser negro. A gente está fazendo essa atividade com eles e, inclusive, muitos alunos fizeram frases falando o que é o ser negro, essa valorização, porque a gente, que é da zona rural, já sofre por isso e, sendo negro, mais ainda. Então a gente busca a todo momento reforçar isso em nossos alunos”, destacou a educadora.
Segundo a professora, o evento surgiu de uma conversa entre os professores da escola, que entenderam a responsabilidade de discutir questões raciais no ambiente escolar.
“Temos o professor Alex, que é professor de Língua Portuguesa e Arte do 9º ano, que sempre fez essas atividades, e temos também o professor Wellington Neri, que sugeriu fazermos o festival, algo mais diferente do que tínhamos feito em outros anos. Por isso surgiu o Festival Afro Pop neste ano”.
A programação conta com apresentações de poesia, teatro, dança e música, envolvendo todas as turmas do 6º ao 9º ano.
“Todas as turmas, em algum momento, estão declamando, estão dançando, apresentando uma peça teatral para reforçar tudo isso, e é a migração dos africanos para aqui, para o Brasil. Alunos, professores, funcionários, pais, todos integrados neste projeto da gente”, pontuou.
Os alunos também aproveitaram ao máximo o festival, e não estavam nem um pouco nervosos com a plateia. Naira Machado, do 9º ano, disse estar animada com sua participação.
“Minha participação está sendo incrível, porque é o nosso último ano no colégio, a gente está concluindo o 9º ano, e é tão bom ver que agora o dia 20 de novembro é uma data que se celebra, Consciência Negra, porque é muito gratificante para nós”.
A estudante contou ao Acorda Cidade o quanto foi bom contribuir com a organização do evento. “Foi muito bom, muito alegre, a gente ensaiando, a gente ri, tem aqueles momentos que é tenso, sabe, quando está chegando o dia, e é muito bom, muito bom. Tem sido divertido demais, demais, demais”, declarou.
Wendel Cerqueira, que também é estudante do 9º ano, destacou como foi divertido participar do festival. “Foi bom demais, porque fizemos os ensaios no colégio, é uma diversão, é uma alegria, fizemos os vestidos, brincamos com os colegas, foi um dia maravilhoso para todos nós”.
Com informação do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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