Segundo a noiva, o companheiro é mais agitado. Já ela um pouco mais tranquila. Mas nesta quinta-feira (24), ambos puderam experimentar juntos o nervosismo de celebrarem a união após 20 anos de convivência, tendo como fruto dessa relação dois filhos.
O vendedor ambulante José Antônio Lobo dos Santos e sua companheira Valdirene de Jesus Santana estiveram entre os 130 casais que participaram do casamento coletivo, promovido pela prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Vara da Família e os cartórios do município.
De acordo com José Antônio, o relacionamento começou porque eram vizinhos. “Tivemos um olhar diferente, e já estamos fazendo 20 anos hoje de convivência e oficializando”, contou.
Para Valdirene, agora o coração está ainda mais tranquilo. “É uma grande alegria estar com o parceiro, ainda mais realizando nosso casamento oficial, como tem que ser. Temos dois filhos. O coração está tranquilo, e agora mais ainda”, contou ao Acorda Cidade.
O noivo Romilson Prazeres Silva parecia estar nervoso no momento que antecedeu a troca de alianças, afinal participar da celebração foi como a realização de um sonho.
“É um momento muito importante na minha vida, eu esperava muito, era um sonho de 20 anos, e agora houve a oportunidade de concretizar. Estou muito feliz”, disse à reportagem do Acorda Cidade.
A noiva de Romilson, Ana Paula de Santana revelou que também esperou muito por esse momento.
“Esperei muitos anos por esse momento, é o sonho de toda mulher que encontra um parceiro que ama. Esse projeto é muito bom”, afirmou.
O prefeito Colbert Martins esteve presente ao casamento coletivo e destacou que a ação é o reconhecimento da união destas famílias, do ponto de vista da cidadania.
“Existem casais que vivem boa parte de suas vidas em uma união estável, tem filhos e muitos já têm netos, mas falta um documento escrito que dê a garantia de que a casa pertence à família, aos filhos, aos netos, e todo o trabalho feito por essa família tem garantias em uma sucessão. Portanto, o que temos aqui hoje é a Justiça reconhecendo através dos cartórios e um documento legal, reconhecendo a família efetivamente”, afirmou.
Segundo ele, além dos 130 casais que participaram desta edição do casamento coletivo, há outros que já estão prontos para participar, tanto na zona urbana como na zona rural.
“São mais de 10 anos. Desde o governo de José Ronaldo que a Secretaria de Assistência Social realiza esse trabalho de ação, e eu acho importante que a gente reconheça tantos os casais mais jovens como os mais idosos. Temos dois juízes neste momento, os cartórios de Feira de Santana, e a Secretaria de Assistência Social faz toda essa estrutura, identificação, reúne os documentos necessários para que esses casais passem a ter a segurança da lei sobre o seu casamento. São famílias absolutamente estáveis e com crianças registradas”, completou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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