Feira de Santana

Vila Olímpica dos Amadores de Feira de Santana busca recursos para retomar com atividades esportivas

Mesmo com as atividades paradas, foi necessário continuar com a manutenção do espaço, principalmente com o gramado.

Gabriel Gonçalves

Fundada na década de 80, a Vila Olímpica dos Amadores de Feira de Santana localizada no bairro Campo Limpo, está temporariamente com as atividades esportivas paradas.

Local onde revelou muitos atletas profissionais, hoje a Vila Olímpica passa por algumas dificuldades, principalmente pela falta de eventos.

Ao Acorda Cidade, o presidente da Liga Feirense de Despostos (LFD), Antônio Carlos Batista Neves, mais conhecido como Carlão, relembrou os antigos campeonatos que já foram realizados no local.

"Consta em nossos arquivos que a Vila Olímpica foi construída no governo de João Durval Carneiro, entre março de 83, até março de 87, na época o presidente da Liga, era nosso querido Dilson Barbosa, e ela foi criada exclusivamente para o esporte amador. Muitos atletas profissionais já treinaram aqui na Vila Olímpica, iniciaram as suas carreiras, porque o campeonato amador de Feira de Santana, era um campeonato semiprofissional, era um campeonato muito motivado, então isso fez com que vários atletas surgissem daqui, dos campeonatos de Feira de Santana", contou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Mesmo com as atividades paradas, foi necessário continuar com a manutenção do espaço, principalmente com o gramado.

"Por força da pandemia, não tivemos atividades aqui, não tivemos campeonatos, não tivemos nada. Então ficou como todas as praças esportivas, exceto o Estádio Municipal de Feira de Santana, o Joia da Princesa, mas a gente sabe que todas as praças ficaram abandonadas, o mato tomou conta porque não podia reunir atletas para a prática do futebol. Quando nós tomamos posse, nós tomamos algumas iniciativas que foi limpar toda a área e isso nos demandou um esforço muito grande. Tivemos que pedir um auxílio da prefeitura para nos ajudar, e a gente conseguiu dar o primeiro passo de limpeza daqui. Após isso, a gente entrou em contato com uma pessoa que trabalhava no gramado aqui, e essa pessoa disse que iria recuperar o gramado e tudo mais, nós pagamos a ele, com a prática dele, fez algumas coisas aqui, mas o resultado não surtiu efeito porque a erva daninha dominou completamente o campo e estamos até hoje com esse problema. Surgiu agora um rapaz que está recuperando o campo do Fluminense, ele me disse que nós temos uma solução paliativa, porque a gente precisa retomar com as atividades e a gente não pode raspar todo o gramado para colocar um gramado novo, eu não tenho recursos para colocar um gramado em placa, a gente precisa colocar um gramado em semente que é um custo menor, então estamos a tomar essa iniciativa paliativa para poder verificar se dentro de dois meses, a gente começa com os nossos campeonatos", disse.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

Diante dos novos decretos, tanto do município, quanto do estado, o presidente da LFD, Carlão, informou à reportagem do Acorda Cidade que irá apresentar à Secretaria de Cultura Esporte e Lazer (Secel), um projeto para que os campeonatos amadores possam ser retomados no município.

"Nós já estamos com um projeto que nós tínhamos apresentado no ano passado, mas não houve a possibilidade da gente realizar o campeonato, tínhamos esperança que a Covid-19 fosse debelada, mas infelizmente só agora que ela está dando sinais que vai se afastar, não sabe se vai se afastar totalmente, mas pelo menos a gente vai ficar com a liberdade melhor. A gente vai ter liberdade de estar convivendo jogando futebol, indo para os estádios, indo para o shows, mas a gente não sabe se isso vai permanecer. Então a gente vai apresentar o projeto para prefeitura, para Secretaria de Esportes, a gente vai aguardar aprovação para ver se a gente faz a realização, além disso, nós temos também patrocinadores da atividade privada para nos ajudar, porque a prefeitura não tem condições de financiar totalmente o projeto", explicou.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

Ainda de acordo com Carlão, existe uma Lei Municipal, que destina 5% da renda que é obtida no Estádio Joia da Princesa, para a Vila Olímpica dos Amadores, mas por conta da falta de público, esta renda foi zerada.

"Nós temos uma Lei Municipal que foi do Prefeito Joselito Amorim, que nos destina 5% do total da arrecadação da renda do campo de futebol do Estádio Joia da Princesa, mas diante disso, diante dessa pandemia e diante da ausência de público nos estádios, essa fonte secou. Tenho conversado com os presidentes de ligas que hoje nós temos que recorrer a outras fontes, o mundo mudou e a gente tem hoje que trabalhar de uma outra forma, e essa fonte de 5% não vai suprir as nossas necessidades, até porque ela nunca supriu totalmente", informou.

Segundo o presidente da LFD, muitas pessoas criticam a forma como hoje o espaço da Vila Olímpica dos Amadores está, mas destacou o tamanho do custo que não é fácil manter, apenas para pintar o muro.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Eu vejo que muitas pessoas comentam sobre o estado de 'abandono' que o nosso espaço hoje se encontra, porém nós temos cerca de 2.700m² apenas de muro para pintar, o que significa um custo muito alto. Hoje nosso espaço está nessa condição por conta disso, porque o custo é alto e as pessoas que são de fora, observam isso, mas não sabe que é por conta do custo. A gente sabe que a prefeitura não vai poder arcar totalmente com isso, então por isso que a gente sempre tem buscado apoio da iniciativa privada, como doação de tintas, materiais, a mão de obra para que em curto prazo de tempo, a gente volte a ter nossos eventos, nossas atividades esportivas e também, nossos projetos sociais. Existe um projeto aqui, que abraçam a garotada do Sub-10, Sub-12, Sub-15, Sub-17 de toda a área aqui da região, como os bairros do Campo Limpo, Baraúnas, George Américo, Cidade Nova, Sobradinho e a gente conclama que as pessoas também possam nos ajudar para manter este projeto que realizamos aqui. Esperamos unir forças da iniciativa privada, da prefeitura através da secretaria de Esportes e continuar com este trabalho que envolve um trabalho muito sério, principalmente porque estamos lidando com crianças e com jovens", concluiu.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

 

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