Gabriel Gonçalves
Natural do município de Salvador e com residência em Feira de Santana, Matheus Silva do Nascimento mais, conhecido como Teeik Silva, tem apenas 26 anos, mas há 10, se tornou um lutador profissional.
Tudo começou aos quatro anos de idade, quando por recomendação médica, teve o primeiro contato com o esporte, vindo a despertar um interesse tão grande, que nunca imaginou que poderia subir no pódio mais alto da modalidade.
"Eu comecei no Karatê com 4 anos de idade, eu tive problemas de saúde, eram problemas respiratórios, tive até paradas cardíacas ainda na gestação da minha mãe e depois quando eu nasci. Após um período, um dos médicos orientou a minha mãe que eu fosse inserido em alguma escola de esportes, então comecei na natação lá em Salvador. Eu vim para Feira ainda pequeno, e a segunda recomendação que minha mãe teve, foi que estivesse praticando um esporte de artes marciais, foi quando eu tive o meu primeiro contato com o esporte e estou até hoje. Eu só me profissionalizei no esporte com 17 anos de idade, foi quando conheci o MMA e depois disso, conheci também o Karate Combat no ano de 2018, então já tenho aí cerca de três anos nesta nova modalidade", explicou.
Apresentando uma mistura entre Karatê com o MMA, Teeik Silva explicou que o esporte apresenta grandes semelhanças, mas nem todos os golpes podem ser aplicados.
Foto: Reprodução/Instagram
"O Karate Combat é um evento profissional, considerada como a maior liga de Karate do mundo. Eu já participei dos torneios que aconteceram nos Estados Unidos e na Europa, cerca de cinco edições e é um esporte muito parecido com o do MMA, mas algumas regras são diferentes, como não pode ter finalizações, são apenas 3min em cada Round, para a disputa do cinturão por exemplo, é necessário ter cinco rounds, e assim como eu, eu já percebi que todos os atletas do Karate Combat, também treinam o MMA. São atletas com faixa preta do Karatê, eu mesmo, sou campeão brasileiro de Karatê e bicampeão baiano, então são títulos que já venho conquistando aqui no Brasil", destacou.
Infelizmente, muitos atletas acabam desistindo das carreiras profissionais, pela falta do incentivo, apoio e principalmente, do patrocínio.
Teeik Silva informou à reportagem do Acorda Cidade, que participar de eventos como estes nos Estados Unidos, não é uma tarefa fácil. Além dos treinamentos necessários antes das competições, é preciso também buscar um apoio para o custo de vida.
Foto: Reprodução/Instagram
"As maiores dificuldades que já enfrentei na minha vida, eu posso dizer que ainda enfrento, são as dificuldades de me manter dentro do esporte. Hoje graças a Deus, eu consegui apoiadores, patrocinadores que me ajudam a me manter como atleta onde atualmente eu moro que é nos Estados Unidos. Mas, ainda falta muita coisa. Não basta eu fechar uma parceria com uma empresa apenas em períodos de luta, porque depois disso, eu preciso manter meus treinamentos, preciso manter a minha família, então por exemplo, eu vendo Hot-Dog para poder manter a minha família e os apoios, com toda certeza, diminuiram esse tempo que tenho para trabalhar e me sustentar", relatou.
De acordo com Teeik Silva, a modalidade do Karate Combat ainda não é praticada no Brasil.
"No Brasil ainda não temos edições desse esporte, porém eu sou o único baiano nesse evento. Ao total são seis brasileiros e estamos aí no topo disputando a modalidade. Hoje eu luto na categoria peso galo que é até 61 kg, mesma categoria do MMA, na qual eu já tenho 11 lutas com 9 vitórias", afirmou.
Para conhecer mais sobre o atleta e apoiá-lo acesse a sua página no Instagram.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade