Dia do Flamenguista

Torcedores do Flamengo contam a paixão pelo clube carioca

De acordo com a pesquisa Datafolha de 2022, o clube carioca apareceu em primeiro lugar no coração dos baianos.

Flamenguistas da Queimadinha ft Paulo José Acorda Cidade4
Foto: Arquivo Pessoal

Neste 28 de outubro é celebrado o Dia do Flamenguista, data em que o santo padroeiro do clube, São Judas Tadeu, também é homenageado. De acordo com um levantamento feito pelo Datafolha este ano, o Clube de Regatas do Flamengo continua tendo a maior torcida do país, com 21% de torcedores.

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Foto: @xerel__/FlaResenha

Na Bahia essa estatística não é diferente. A maior torcida do Brasil é também a maior no estado. De acordo com a pesquisa Datafolha de 2022, o clube carioca apareceu em primeiro lugar no coração dos baianos, com 24% de preferência. 

Para homenagear essa massa rubro-negra, o Acorda Cidade conversou com uma família flamenguista do bairro Queimadinha, em Feira de Santana. Há 40 anos, Manoel Veríssimo da Silva, tem em seu coração uma paixão pelo clube. Todo esse amor foi passado entre gerações. Influenciado pelo filho, ele conta como surgiu a paixão.

Flamenguistas da Queimadinha ft Paulo José Acorda Cidade4
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Começou com a família, incentivado pelo meu filho Marcos Antônio. Daí por diante eu comecei ter a paixão do Flamengo”, contou.

Com cinco filhos flamenguistas, era impossível não cativar esse amor também, paixão essa que passou para os netos. 

O comerciante que vendia várias camisas de clubes, deixou a dele reservada para os dias de jogos do mengão e contou que ela era a mais vendida. Nos seus  87 anos, Manoel fala que o que mais marcou para ele, foi a passagem do técnico português, Jorge Jesus, que em 2019, venceu diversos campeonatos como a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil.

“Para mim foi o melhor técnico”, disse Manoel.

Flamenguistas da Queimadinha ft Paulo José Acorda Cidade4
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Torcedor que acredita e sabe a potencialidade do clube que escolheu para amar, Manoel é otimista quando diz que nessa etapa em que o Flamengo está – perdendo títulos, jogos e lutando para se classificar para a Libertadores – ele espera o melhor do novo comandante, o técnico Tite.

“Tudo pode acontecer com este técnico. O Flamengo sempre me dá alegria. Mas, a gente fica um pouquinho triste, mas, ele nunca me dá tristeza, só me dá alegria. Eu acho que Tite pode mudar a história do Flamengo ainda esse ano”. Manoel ainda diz que ainda dá tempo, com uma diferença de nove pontos para o líder, o Flamengo trabalhar e ser campeão do Brasileirão. 

A família que veio de Pernambuco, descobriu a paixão pelo clube na Bahia. A filha de Manoel, Ana Veríssimo, de 65 anos, disse que com certeza é flamenguista e também foi influenciada pelo irmão.

Flamenguistas da Queimadinha ft Paulo José Acorda Cidade4
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Flamengo é tudo, é raça, é paixão, é orgulho. O orgulho de vestir essa camisa, é tudo de bom. A influência foi do meu irmão Marquinhos. Quando a gente veio morar aqui na Bahia, ele chegou com sete anos. Com os amigos também que eram flamenguistas, assim a paixão surgiu”, contou.

Ana fala do sentimento que é reunir a família para assistir aos jogos do mengão e que ver o time no ‘Maraca’ é um sonho. Expectativa essa, que todo flamenguista que não mora no Rio de Janeiro tem.

“É maravilhoso. É bom demais. É uma alegria só. E ainda eu tenho um sonho de um dia ir para o Maracanã, assistir o jogo com o Flamengo, descer naquela rampa, cantando o hino com aquela turma. ‘Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo eu sempre hei de ser. Eu é meu maior prazer. Vê-lo brilhar seja na terra, seja no mar. Vencer, vencer, vencer. Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer’”, cantou. 

Flamenguistas da Queimadinha ft Paulo José Acorda Cidade4
Foto: Arquivo Pessoal

Nos dias de jogos em que o pai acompanha o clube é uma aflição, mas ela ajuda a manter a calma e a perseverança na vitória.

“A gente fica aflito, porque ele fica nervoso. Mas a gente fica ali, papai vamos perseverar que vai dar certo. Ele fica nervoso. Não fica parado. Ele pula, tira o chapéu, abraça todo mundo. Se pudesse, ele abraçava todo mundo da rua”, brincou.

Ana lembra que quando o Flamengo ganhou o título da Libertadores de 2019 a família estava reunida e essa foi uma das memórias e histórias mais bonitas da paixão da família com o clube.

“Quando o Flamengo ganhou o título com Jorge Jesus, meu irmão tinha um carro que era aberto, uma saveiro, saímos com a bandeira do Flamengo, até seu Manuel, com 87 anos. Pense. Cantando. Só saímos de lá quando acabou. Mas foi muito bom. Essa é uma lembrança marcante”, lembrou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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