Mirassol, Linense, União Barbarense, Guaratinguetá, Flamengo-PI e Naviraiense já fazem parte do passado.
A partir do momento em que pisar no gramado do Camp Nou nesta tarde para enfrentar o Levante e fazer sua estreia oficial pelo Barcelona na Europa, Neymar, 21, conhecerá outra realidade.
Real Madrid, Valencia e Atlético de Madri, mas também Elche, Granada e Getafe farão parte da sua nova rotina no Campeonato Espanhol.
Discussões sobre nível técnico dos rivais à parte, a maior esperança brasileira para o hexa vai cruzar, na última temporada antes da Copa-2014, com estilos de marcação e culturas táticas que ele ainda pouco conhece.
"O futebol espanhol não é de força, como o inglês ou o italiano, que às vezes usa muito isso. É lógico que aqui também tem isso, mas é mais toque de bola, qualidade. Isso facilita para o jogador brasileiro", disse Jonas, que defende o Valencia desde 2011.
Segundo o atacante, Neymar terá uma adaptação rápida e não irá sofrer com tanta violência quanto no Brasil.
Em compensação, terá de aprender a lidar com marcação mais longe do gol e com defensores em geral mais velozes do que aqueles aos quais está acostumado.
Ao contrário da brasileira, a escola espanhola de futebol costuma utilizar a linha de zagueiros bastante adiantada. Isso significa que Neymar terá menos tranquilidade para dominar a bola quando estiver longe da área rival.
Por outro lado, se driblar um adversário ou escapar das linhas de impedimento tão frequentes no país onde irá atuar, tende a ter liberdade para surgir frente ao goleiro.
Neymar teve uma prévia na Copa das Confederações. E se deu bem. Marcou um dos gols da vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha na final do torneio e ganhou o respeito dos seus futuros adversários.
"O povo aqui já sabe o quão bom o Neymar é. Os que tinham alguma dúvida o viram jogar na Copa das Confederações, onde ele demonstrou do que é capaz. A Espanha é diferente do Brasil, mas ele tem qualidade de sobra e certamente vai fazer sucesso", disse Diego Costa, atacante do Atlético de Madri.
O novo camisa 11 do Barcelona só não sabe ainda como será sua estreia. Devido à anemia que teve durante a pré-temporada, o jogador não deve atuar durante o tempo todo contra o Levante.
A intenção do técnico Gerardo Martino é preservar o brasileiro para o primeiro jogo da Supercopa da Espanha, contra o Atlético, na quarta. As informações são do Folha de S.Paulo
