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Como mero torcedor direto do banco de reservas ou atuando nos cerca de 15 minutos finais, o camisa 11 pouco pôde fazer no empate com Lechia Gdansk, por 2 a 2, nesta terça, na Arena Gdansk, estádio que recebeu jogos da última Eurocopa. Sergi Roberto e Messi – que deixou o gramado pouco antes da entrada de Neymar – marcaram para os visitantes. Bieniuk e Grzelczak fizeram para os donos da casa.
Além de viver um diferente clima para quem custou € 57 milhões aos cofres catalães, Neymar pôde sentir na pele o quão estrela se tornou. Bastou entrar em campo, aos 33 minutos do segundo tempo, para ser caçado por marcadores do time adversário. Na ponta-esquerda, onde deverá atuar com maior frequência no Barça, ele virou alvo dos poloneses ao sofrer faltas e mais faltas. Algumas inclusive mais ríspidas para um amistoso. O talento que todos conhecem pareceu estar guardado para sexta, uma ocasião muito mais especial.
Até lá, o time deverá ter novas mudanças. Provavelmente voltarão os destaques da Copa das Confederações, de férias até o último domingo, como Neymar. Estão entre eles os craques Xavi e Iniesta, além do lateral-direito brasileiro Daniel Alves. Outra novidade prometida é a estreia do argentino Tata Martino, ex-Newell's Old Boys, à frente do comando da equipe. Ele não viajou até a Polônia para conhecer melhor justamente aqueles que ficaram na Espanha.
Barça passa dificuldades
Sem Neymar, que começou a partida no banco de reservas, o Barça sofreu inclusive o primeiro gol do jogo. Após escanteio, Bieniuk subiu mais alto do que a zaga catalã para abrir o placar e escancarar os problemas do rival na defesa.
Messi estava em campo, mas andava tímido. Sua primeira boa aparição aconteceu aos 18 minutos, quando avançou pelo lado direito da grande área e chutou cruzado para a defesa do goleiro. Aos 26, ele viu de camarote o empate: Montoya cruzou rasteiro da direita e Sergi Roberto apareceu para completar.
Messi, então, despertou. Sánchez recebeu na grande área e viu rapidamente o argentino se deslocar. O passe saiu preciso, açucarado, na medida para que o camisa 10 somente desse um toque de qualidade por cima do goleiro, com a sua assinatura. Ainda não era o suficiente. Aos 16, Adriano cruzou rasteiro da esquerda e o próprio atacante finalizou na trave.
Com dificuldades para criar, o Barça deu chances para outros tantos meninos da base. Entraram sete deles num primeiro momento. Nenhum era Neymar, o responsável por diversas manifestações ansiosas das arquibancadas. O tempo passou, Messi saiu e, finalmente, o brasileiro fez a sua estreia. Aos exatos 33 minutos e 27 segundos, ele substituiu o chileno Alexis Sánchez às ordens de Jordi Roura, novamente o treinador do Barça na ausência de Tata Martino.
Na batalha contra o relógio e um adversário em especial mais determinado em impedí-lo de jogar, Neymar sofreu mais faltas do que jogou. Foram quatro nos primeiros dez minutos, quase todas quando habitava a ponta-esquerda. As informações são do Globo Esporte.