Olimpíadas

Judô: Rafaela Silva é desclassificada por catada de pernas e cai no choro

Brasileira levava vantagem na luta e havia obtido um wazari, mas pontuação é retirada após revisão em vídeo e transformada em desclassificação

 

Acorda Cidade
 
 
A brasileira Rafaela Silva foi eliminada do torneio olímpico do peso-leve (até 57kg) do judô nas oitavas de final, nesta segunda-feira. A carioca foi desclassificada por conta de um golpe ilegal, a catada de perna, na luta contra a húngara Hedvig Karakas. O golpe chegou a ser pontuado como wazari, mas após revisão em vídeo, a pontuação foi retirada. A carioca, vice-campeã mundial no ano passado, caiu no choro ainda no tatame.
 
Karakas chamou a atenção desde o início do dia por sua beleza. Ela também logo mostrou que tinha judô de alto nível: recuperou uma desvantagem de um yuko contra a espanhola Concepcion Bellorin nos segundos finais, com um ippon no uchi-mata, especialidade da brasileira. As duas já haviam se enfrentado duas vezes: como júnior, melhor para a húngara; como sênior, no ano passado, melhor para Rafaela.
 
A carioca começou muito focada e logo arriscou um ippon seoi nage, bem defendido por Karakas. A briga por pegada era intensa e, com 3m40s, a húngara recebeu o primeiro shido (advertência). A europeia passou a arriscar seu uchi-mata, sem sucesso. Com três minutos para o final, Rafaela conseguiu um wazari ao desequilibrar a adversária e catar suas pernas para derrubá-la. Entretanto, após a revisão em vídeo, a pontuação não só foi revogada, como a brasileira foi desclassificada por golpe ilegal.
 
Rafaela Silva não aguentou. Desabou no tatame, aos prantos. Karakas ofereceu sua mão e a ajudou a se levantar, mas a brasileira não parou de chorar. Inconsolável, ela precisou ser carregada pela técnica Rosicleia Campos à área técnica. Ela não passou pela zona mista.
 
A catada de perna foi banida do judô como ataque direto em 2010, quando a Federação Internacional de Judô (FIJ) mudou as regras do esporte com a intenção de voltar ao estilo mais tradicional do esporte, que estava se assemelhando demais à luta livre e greco-romana. Desde então, o judoca só pode pegar as pernas do adversário com as mãos para derrubá-lo em tentativas de contragolpe. As informações são do G1.
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