Depois de eliminar Pachuca (MEX) e o Inter de Porto Alegre, o Mazembe, do Congo, passou a acreditar numa vitória sobre o Inter de Milão na final do Mundial de Clubes. Mas, sem dar chance para a zebra, o time dos brasileiros Julio Cesar, Lucio, Thiago Motta e Maicon venceu os africanos por 3 a 0 – gols de Pandev, Eto'o e Biabiany -, e conquistou o título neste sábado, em Abu Dhabi. Este é o terceiro troféu mundial do Inter, que foi campeão em 1964 e 1965.
Com absoluto domínio da posse de bola, a equipe italiana, que não tinha italiano algum em campo, tratou de imprimir seu ritmo de jogo. Sem a presença do contundido Sjneider, coube ao camaronês Samuel Eto'o decidir a parada.
Aos 16, o atacante serviu Pandev, que tirou do irreverente Kidiaba. Se já era superior na partida, o gol praticamente selou o título italiano. Quatro minutos mais tarde, Eto'o deixou sua marca. Após boa troca de passes da Inter, o camisa 9, de fora da área, ampliou a contagem. Na comemoração, uma estranha dança com duas sacolas plásticas.
Nem mesmo o apoio maciço da plateia – incluindo milhares de colorados – foi suficiente para que o time africano enfrentasse a Inter de igual para igual. Com poucos espaços, os lampejos do Mazembe resumiram-se a poucos chutes ao gol de Julio César, que teve pouco ou nenhum trabalho nos primeiros 45 minutos de jogo.
A rigor, o placar rapidamente construído tornou o jogo previsível. A poucos minutos do título, a Inter tocou a bola pacientemente. A impressão era de que o terceiro gol sairia de forma natural. Não fosse a imprecisão de Milito, a vantagem seria bem maior. Os africanos, nocauteados, não foram capazes de causar nenhum susto na equipe milanesa, salvo por algumas entradas violentas.
Como era de se esperar, o Mazembe voltou do intervalo bem mais assanhado. O ímpeto ofensivo, contudo, não resultou em maiores problemas para o setor defensivo italiano, que esteve bem seguro durante toda a partida. Assim como esteve desde a marcação do gol de Eto'o, a Internazionale seguiu tranquila até armar o bote decisivo. Aos 39, o francês Biabiany recebeu belo passe de Stankovic, tirou de Kidiaba e correu para o abraço.
Fim de jogo e uma certeza no gramado do Zayed Sports City: não houve derrotados. Nunca o futebol africano chegou tão longe.
INTERNAZIONALE 3 x 0 MAZEMBE
Local: Estádio Zayed Sports City, em Abu Dhabi (EAU)
Data/hora: 18/12/2010 – 15h
Árbitro: Yuichi Nishimura (JPN)
Assitentes: Toru Sagara (JPN) e Toshiyuki Nagi (JPN)
Cartões amarelos: Kaluyituka, Ekanga, Kasusula (MAZ); Thiago Motta (INT)
Gols: Pandev, 12'/1ºT (1-0), Eto'o, 16'/1ºT (2-0), Biabiany, 39'/2ºT (3-0)
INTERNAZIONALE: Julio César, Maicon, Córdoba, Lúcio e Zanetti; Thiago Motta (Mariga, 41'/2ºT), Cambiasso, Chivu (Stankovic, 6'/2ºT) e Pandev, Milito (Biabiany, 24'/2ºT) e Eto'o. Técnico: Rafa Benítez.
MAZEMBE: Muteba Kidiaba; Joel Kimwaki, Kiritcho Kasusula, Miala Nkulukuta, Amia Ekanga; Kazembe Mihayo, Mbenza Bedi, Dioko Kaluyituka (Ndoga, 44'/2ºT), Ngandu Kasongo (Kanda,intervalo); Given Singuluma e Mulota Kabangu.Técnico: Lamine N'Diaye.
( As informações são do O Globo)