Esporte

Felipão fala sobre ser anfitrião das Copas: "aqui é um inferno. Era muito mais fácil jogar lá fora"

Brasil sediará Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014

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O comandante da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, reconhece que o carinho que os jogadores têm recebido dos torcedores, seja em Goiânia, Brasília ou Fortaleza, desde o início da preparação para a Copa das Confederações, tem sido determinante para o bom clima que o grupo vive. 
 
No entanto, para Felipão, ser o anfitrião desta competição e da Copa do Mundo tem seu lado negativo. "Em 2002 era fácil porque era fora do Brasil. Aqui é um inferno. O grande problema do Brasil na Copa do Mundo é que a Copa é no Brasil. Era muito mais fácil jogar lá fora" disse o treinador, em participação no programa “Bem, Amigos!”, da SporTV. 
 
Felipão está descontente com uma série de obstáculos: a falta de uma casa fixa para realizar os treinos, as imposições da Fifa e com o assédio excessivo dos fãs. 
 
A ausência de um local próprio para os treinos que antecederam a competição foi um dos pontos mais criticados pelo comandante da seleção. A Granja Comary, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, está em reforma e só ficará pronta para a Copa do Mundo, ano que vem. 
 
Ao se ver obrigado a seguir regras de hotéis e centros de treinamentos, Felipão reclama: "Está faltando uma casa. O presidente (da CBF, José Maria Marin) se comprometeu a resolver isso. Fomos à Granja Comary e está tudo derrubado. Agora é reconstrução até o fim do ano, no máximo fevereiro, porque lá é a nossa casa, onde nós podemos fazer treinos pela manhã, à tarde ou à noite e abrir para a imprensa. Quando temos nossa casa, não tem melindres". 
 
Os treinos, que eram abertos à imprensa na campanha de 2012, passaram a ter restrições, inclusive para a presença de torcedores. Felipão explicou que a mudança foi uma imposição da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL): "O público pensa que são os componentes da seleção que fecham o treino. Não é verdade. Somos muitas vezes obrigados a fechar o treino. A Fifa exige, o COL exige. Gosto de liberar nas vésperas de jogos para todos, porque acho absurdo assistir só à roda de bobinhos dos 15 minutos inicias. É impossível dar atenção a todos os torcedores", diz técnico.
 
O coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, que acompanhou Felipão na entrevista, contou que eles já pediram à Fifa para que isso seja mudado em 2014: "Queremos que o treinador escolha se quer abrir no começo ou no final do treino". A dupla ainda relatou que os jogadores ficaram arrepiados com o carinho da torcida cearense, onde a seleção se prepara para o jogo desta quarta-feira, contra o México, às 16h, na capital Fortaleza. No entanto, Felipão também aponta o lado negativo do assédio. "É bom jogar com a torcida. Vimos isso no treino desta segunda. Só que na saída do hotel tem mil pessoas, como pode passar sem parar? E se parar fica uma hora. São coisas que não podem ocorrer na Copa. São muitas pessoas. Não podemos assumir um compromisso".  As informações são da Agência O Globo.
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