Rachel Pinto
O empresário Jodilton Souza concedeu uma entrevista ao programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (11) e entre os diversos assuntos abordados na pauta, comentou sobre a boa fase do time Bahia de Feira, o qual ele é presidente. O time tem demonstrado um excelente desempenho nos campeonatos, na qualidade técnica e segundo Jodilton, esse resultado é fruto de muito trabalho em equipe.
Ele informou que o Bahia de Feira foi fundado em 1937, ficou cerca de 50 anos parado e em 2019 está em uma de suas melhores fases. Foi o vice-campeão do Campeonato Baiano e ganhou várias premiações entre els, teve três jogadores eleitos na seleção do torneio e levou o troféu de melhor técnico com o treinador Quintino Barbosa.
“O projeto do Bahia de Feira é amplo. Já tenho uma equipe montada, temos contrato até 2022, então a gente mantém todos, não fica trocando a equipe. Tenho certeza que o Bahia de Feira vai ter grandes conquistas. Temos um trabalho de base de um ano e meio. Tenho hoje 58 meninos de 15 a 17 anos, que estudam. Estamos com a base montada e no próximo ano Barbosinha vai ter 11 profissionais e 11 jogadores da base para compor o grupo. A gente já vai ter jogadores que são formados pela base do Bahia de Feira”, contou Jodilton ao Acorda Cidade.
Fluminense Feira
O empresário também já integrou a empresa EJE que administrou o Fluminense de Feira durante um período de pouco mais de ano e declarou que sua passagem pelo clube não deu certo porque ele tentou olhar o Fluminense com uma visão empresarial, mas de segundo ele, o time tem influências de questões político partidárias.
“Na vida existe um progresso, existe uma cadeia que vai ampliando, vai melhorando, vai alinhando. o mundo mudou muito a gestão. Hoje há um novo tipo de gestão, mais moderna, mais profissional. Os clubes da Europa começaram esse modelo, com um empresário que tenha as ações. Toda equipe hoje no Brasil que fez isso, está tendo resultados. Por exemplo, se a gente pega a tabela da série B, a gente ver em primeiro lugar Bragantino, segundo lugar Botafogo de Ribeirão Preto, todos dois são de empresários. O empresário trabalha como empresa, faz o caixa e vai investindo e tirando o retorno. Foi isso que tentamos fazer no Fluminense, mas ali tem a questão política partidária, que é muito complicada, e ainda todo mundo acha que pode mandar. Está ganhando, ótimo, está perdendo, ninguém presta. Zé Chico é o presidente, monta uma equipe e quando acaba a competição dispensa todo mundo. Quando começa outra competição monta uma nova equipe. Isso não funciona”, comentou.
Na opinião de Jodilton, a situação do Fluminense de Feira pode mudar se o time começar a ser visto como um clube-empresa. Se por exemplo um grande empresário comprar 50, 60% das ações e transformar num clube-empresa.
“Se não fizer isso, não vai funcionar. O modelo do fluminense é o modelo que foi do Galícia, do Ipiranga e a tendência é acabar. Ter um torcedor apaixonado, não gera resultados para manter uma equipe de futebol, que é muito caro”, concluiu.