Campeonato Baiano

De olho na série B do Baianão, Flu de Feira busca montar comissão técnica e atrair novos reforços para o time

O presidente do Fluminense de Feira buscou ainda esclarecer alguns pontos em relação à SAF, que de acordo com ele, deve trazer recursos para reerguer o time.

Foto: Fluminense de Feira
Foto: Fluminense de Feira

Após votação unânime dos sócios do Fluminense de Feira para criação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), o presidente do Touro do Sertão, José Francisco Pinto (Zé Chico) informou nesta sexta-feira (27) que já iniciou as negociações para formação de uma nova comissão técnica e de um novo elenco para a temporada de 2023.

De olho na série B do Campeonato Baiano, que começa a partir da segunda semana de maio, Zé Chico informou, em entrevista ao Acorda Cidade, que os preparativos para a 2ª divisão já começaram.

“Nós ligamos para o presidente da Federação, e ele me disse que na segunda quinzena de maio começa a série B do Campeonato Baiano. Diante disso, nós procuramos nos preparar para formar uma comissão técnica e relacionando com os atletas”, afirmou.

Zé Chico não quis adiantar nomes, mas disse que entrou em contato com dois técnicos que estão atuando em times baianos, sendo que um deles já passou pelo Fluminense de Feira.

Zé Chico | Presidente do Fluminense de Feira
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eu conversei com dois. São técnicos que estão trabalhando no futebol baiano. Um passou pelo time e o outro não. Pretendo também trazer um diretor de futebol, isso nós estamos tendo o maior cuidado, porque a gente sabe que é o maior trabalho. O diretor já está atuando em um time e tem interesse de vir para o Fluminense. Vamos trabalhar em cima disso e com essa constituição de SAF que nós fizemos agora, vamos tentar trazer investidores. Se pudermos trazer antes do Campeonato, será interessante. Senão, a gente vai construindo durante esse ano, para que possa realmente colocar uma SAF no Fluminense”, esclareceu o presidente.

Conforme Zé Chico, o Fluminense deve apresentar os jogadores no mês de abril, uma vez que a partir do dia 26 de fevereiro alguns atletas estarão com os contratos vencidos em outros clubes que estão disputando a 1ª divisão e assim ele poderá compor o elenco e reforçar o time para a 2ª divisão.

Criação da SAF

O presidente do Fluminense de Feira buscou ainda esclarecer alguns pontos em relação à SAF, que de acordo com ele, deve trazer recursos para reerguer o time.

“Fomos a Salvador e fizemos uma reunião com um grupo de empresários de futebol, são pessoas que têm conhecimento e que podem trazer investidores para o mercado de Feira de Santana, especialmente para o Fluminense, e estamos avançando nisso. Já conversamos com um grupo, que também já nos sinalizou. Nós temos que montar uma SAF, mas eles têm que trazer nos padrões que o Fluminense quer. Primeiro, eu disse claramente que o imóvel do Fluminense é inegociável. Porque tem SAFs que compram toda a parte de estrutura, então imóveis não vamos colocar como participantes da SAF, que é aquele Centro de Treinamento que nós temos, que hoje é o maior patrimônio que o Fluminense tem. Fora isso, temos que ver a questão do sócio-torcedor, para ver se fica com o clube ou se fica para a SAF, qual é o percentual que a associação vai ficar e o que a SAF vai ficar, e o período, que tem que ser extenso, porque ninguém vem para aqui passar dois ou três anos, tem que ser de 20 anos para cima”, esclareceu Zé Chico.

Os débitos do Fluminense atualmente giram em torno de R$ 3,5 milhões, incluindo débitos trabalhistas e o Profut, que é Lei de Responsabilidade Fiscal do futebol, que permitiu que associações desportivas parcelassem dívidas fiscais a juros baixos.

“Estamos levantando, mas está em torno de R$ 3,5 milhões, entre Profut, que deixaram de pagar. Pagamos em 2019, e infelizmente, em 2020 e 2021 não houve nenhum pagamento. E o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que colocamos todos os débitos judiciais do Fluminense, pagamos em 2019, e em 2020 e 2021 não foi pago, e estamos tentando remontar isso. E a SAF vem justamente para isso, para que ela dê a condição da associação pagar ou mensalmente, trimestralmente. Esse valor tem que vir justamente para que o investidor nos repasse para a gente pagar, esse débito fica na conta do Fluminense, o passivo. Agora, a SAF, a gente tem que saber negociar para que venha o recurso e a gente possa pagar os débitos que estão atrasados”, concluiu.

Leia também: Sócios-torcedores aprovam SAF do Fluminense de Feira

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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