Gabriel Gonçalves
A equipe do Bahia de Feira estreia no Campeonato Baiano neste domingo (21), às 16h, contra a Jacuipense. O jogo, que é válido pela primeira rodada do campeonato, será realizado na Arena Cajueiro, em Feira de Santana.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o diretor-executivo do clube, Jodilton Souza, afirmou que um dos pontos positivos neste momento é não ter nenhum jogador lesionado, dando mais opções para o novo técnico Oliveira dos Santos.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
"A gente espera que esteja tudo pronto, até porque o Bahia de Feira fez uma excelente pré-temporada e o mais importante é que chegamos na última semana de treinamento para estreia no próximo domingo sem ter nenhum jogador com lesão, isso é um ponto positivo, porque existem várias opções para o treinador. Conseguimos também montar com 34 jogadores, várias posições com no mínimo dois atletas, o que de certa forma gera um pouco de dificuldade para o treinador montar a equipe por ter várias opções, mas estamos otimistas com essa participação do Bahia de Feira no campeonato", explicou.
Atualmente o elenco do Bahia de Feira está dividido em três grupos. Durante esse período, 12 contratações foram feitas para reforçar o time.
"Estamos com um elenco mesclado por três grupos, um que já vinha conosco desde um bom tempo, em torno de 10 a 12 jogadores, alguns atletas da base que já vem trabalhando no profissional, sentamos e verificamos quais as posições onde havia a necessidade de contratação. Então junto com Thiago e Oliveira, treinador que a gente contratou, trouxemos também mais 12 jogadores e formamos esse terceiro grupo e que entendemos como um grupo muito homogêneo", destacou Jodilton Souza.
De acordo com o diretor, o Baianão é uma disputa acirrada que não há como dizer quem será campeão nem será rebaixado. Existe uma igualdade entre todos os clubes que participam do torneio.
"O Campeonato Baiano é o mais difícil que tem no Brasil, porque se observarmos, no estado de São Paulo e Rio, lá possuem duas, três equipes grandes e quando chega aqui na Bahia, as equipes se comparam. Se eu questionar quais as equipes vão chegar na reta final, são opiniões diversas, se perguntar qual time vai cair, são opiniões diversas, e se perguntar aos presidentes, qual clube será campeão, todos vão dizer que irá ganhar. A gente espera que possamos fazer um bom jogo contra o Jacuipense que manteve praticamente sua base e fez uma boa competição na Série C, mas aqui dentro da Arena, espero que possamos aproveitar o mando de campo e conquistar o resultado favorável e quem sabe até os três pontos", disse ao Acorda Cidade.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Mesmo garantindo a vaga na competição do Campeonato Brasileiro da Série D, a equipe do Bahia de Feira ainda não confirmou a participação no torneio. Segundo o diretor, o custo para se manter em uma competição desse nível é muito alto.
"Apesar de ter garantido essa vaga, estou conversando com meu povo aqui, estamos conversando também com os meninos do Jacuipense e sabemos da dificuldade que é uma Série C sem renda, sem patrocínio e o custo é muito alto para se fazer futebol. Algumas equipes não superam a pressão entre a receita e as despesas. Para que possamos ter uma ideia, um Baianão passa mais de um milhão de reais com uma arrecadação de 200 a 250 mil, então é difícil manter uma equipe desse jeito, com essa tendência, é preciso que o futebol passe por uma reformulação", declarou.
Campeonato sem público
Para o diretor-executivo, o mando de campo se torna neutro com a ausência das torcidas, desta forma não há diferença entre jogar em casa e fora.
"O mando de campo terminou sendo neutro porque você não tem torcidas e as dimensões dos campos se tornam iguais, então tanto faz jogar aqui, como jogar no Joia ou na Fonte Nova. A gente espera que essa pandemia possa passar, porque a situação está ficando difícil no país e as preocupações são grandes, mas como a gente tem uma equipe de futebol, temos que encarar todas as dificuldades e ver o que fazer no futuro", relatou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Mudança da Emissora Oficial
Segundo Jodilton Souza, o contrato que foi feito com a Rede Bahia foi por falta de opção. Agora com esta mudança, pequenas vantagens, como os quatro clubes que se classificarem, terão a oportunidade de receber premiações.
"Devemos fazer uma análise dos últimos 10 anos que a TV Bahia através da Rede Globo transmite a competição, porém na época o contrato foi feito por não ter nenhuma televisão que transmitia também. Ficamos com valores que não dava nem para comprar uma galinha para o almoço dos atletas. Você gasta mais de um milhão em uma competição e tem como arrecadação apenas 88 mil. O Campeonato Baiano conseguiu mudar agora da TV Bahia para a TVE, saindo de 80, 85 mil, para 140 mil de arrecadação e como vantagem, é que os quatro clubes que se classificarem terão premiações. Eu digo que trocamos o ruim pelo péssimo, porque nenhum dos dois atendem as necessidades dos clubes, mas o ditado já diz, o que vier é lucro, então, pensando com esse sentimento, eu acho que foi mais interessante financeiramente, porém menos interessante porque é evidente que a Rede Globo tem um aglomerado de televisões em todo o Brasil, tem um potencial maior em relação a TVE, mas vamos aguardar e buscar novas perspectivas", finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade