Representação Feirense

Atletas da mesma academia em Feira de Santana conquistam medalhas no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu

A competição foi realizada no final do mês de abril.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A policial militar Lorena Silva Nunes e a estudante Victória Brandão, representaram o município de Feira de Santana no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, que foi realizado entre os dias 29 de abril e 1º de maio na cidade de Barueri, estado de São Paulo.

As duas atletas fazem parte de uma mesma academia da cidade. Lorena que é faixa branca foi campeã na categoria Master 1, peso médio e contou ao Acorda Cidade, como foi participar pela primeira vez de uma competição de nível nacional.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Este foi o meu primeiro Campeonato Brasileiro, porém minha terceira competição, posso dizer que ainda sou nova em competições. Eu já treino há mais ou menos quatro anos entre idas e vidas por conta de questões pessoais e profissionais. Essa foi uma competição que eu sempre tive uma vontade de participar porque é a maior competição do Jiu-Jitsu nacional e reúne atletas de um nível técnico muito grande. Então é um campeonato de maior expressão que nós temos e aliado a vontade que a nossa equipe sempre teve de estar ali, foi muito gratificante e para mim muito satisfatório”, afirmou.

Para Lorena, o Jiu-Jitsu não é apenas uma prática de atividade física.

“Para mim é um instrumento de autoconfiança que desenvolve a persistência, à resiliência, o comprometimento com o objetivo que a gente quer na vida, não só nos campeonatos, mas é um instrumento que reverbera coisas positivas em todas as esferas. Ele traz para mim muita força de vontade, de ação para conquistar meus objetivos, sejam profissionais, sejam na área acadêmica e aqui dentro e fora do tatame”, pontuou.

Mesmo com a profissão de policial militar, Lorena contou ao Acorda Cidade que é possível alinhar todos os horários para não deixar a arte marcial de lado.

“A gente organiza os horários e mantém a disciplina. São atividades que agregam porque o militarismo também traz essa constância, a determinação, a disciplina, a autoconfiança para que você exerça sua atividade com alto controle, com o máximo de eficiência possível e o Jiu-Jitsu só agrega na minha profissão, não só na questão física, como me ensina fundamentos de defesa pessoal, de mobilização, mas também na esfera mental que me traz o autocontrole e a confiança de que eu vou conseguir entrar e sair de situações que me demandam estresse maior, que eu vou conseguir designar da melhor forma”, destacou.

Vice-campeã no Campeonato Brasileiro, faixa branca em Jiu-Jitsu, Victória Brandão contou que o esporte chegou em sua vida por acaso, através um trabalho que realizava na academia.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu já conhecia o Jiu-Jitsu há um tempo por conta da minha rede de amigos que pratica, e em 2020, o sensei Alexandre entrou em contato comigo para cuidar das redes sociais. Vindo aqui fazendo fotos e vídeos, começou a despertar o interesse, até porque eu via mulheres fazendo e isso e me inspirou. Então eu dei uma chance, comecei mas logo no início não vinha tanto, não tinha me conectado, mas depois de um tempo eu fui me apaixonando, me apaixonando e hoje eu amo me arrependo de ter não ter entrado antes”, lembrou.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Arquivo Pessoal

Treinando há mais de um ano, Victória começou a participar de competições em novembro do ano passado.

“Eu comecei a treinar Jiu-Jitsu tem 1 ano e 4 meses mais ou menos, mas a competir de fato, foi a partir de novembro do ano passado que foi minha primeira competição. Desde então, eu tenho participado destes campeonatos, tanto aqui em Feira da Federação, tanto do CBJJ como teve lá em Salvador duas vezes, e fui para este, o maior de nível nacional que é a mais importante competição de jiu-jitsu no Brasil. Este Campeonato Brasileiro e foi minha primeira vez”, disse.

Victória não escondeu o nervosismo que teve antes da competição, mas segundo ela, com todos os ensinamentos adquiridos nos treinamentos, foi possível aplicá-los com segurança.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Arquivo Pessoal

“Foi uma experiência surreal, diferente de tudo que eu tinha imaginado, de estar lá onde estão grandes nomes do Jiu-Jitsu e vê lá várias pessoas que treinam junto com você, que são apaixonados pelo esporte, foi incrível. Eu não trouxe a medalha de ouro mas para mim foi uma experiência inesquecível porque eu fiquei em segundo lugar, eu ganhei uma luta, cheguei na final, mas na final a menina foi melhor do que eu, e levou por merecimento dela. Mas em nenhum momento eu fiquei com medo, claro que o nervoso sempre dá porque toda competição eu fico nervosa, mas essa apesar de ter sido a mais importante que eu participei, eu estava super tranquila no dia. Hoje eu treino quatro, cinco vezes na semana porque preciso conciliar com os estudos da faculdade, com o trabalho, mas a gente sempre consegue”, contou.

Conhecido como sensei, o professor de Jiu-Jitsu Alexandre Lima Oliver, hoje com 37 anos, começou a dar aulas há mais de 15 anos.

Com um grande currículo de competições, Alexandre destacou como é trabalhar com atletas iniciantes e que conseguem destaque no pódio.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu já participei de competições nacionais, internacionais como na Europa, eu por exemplo tenho um campeonato europeu faixa marrom adulto, fui o segundo colocado na faixa preta, também fiquei como terceiro colocado no Grand Slam, já fui vice no Campeonato Brasileiro de 2022, além de outras competições recentes. O trabalho que é feito com atletas faixa branca, é um trabalho de pedra em pedra, degrau por degrau, porque muitos deles nunca participaram de competições, então chega a primeira vez. Então é importante trabalhar o lastro fisiológico dessa pessoa, trabalhar com a coordenação motora, desenvolver uma flexibilidade e ir trabalhando este atleta aos poucos até chegar em um ótimo nível”, explicou.

Segundo o professor, cerca de 40% dos atletas na academia, são mulheres.

Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Por conta desta propagação da mulher estar buscando o seu lugar, as mulheres estão buscando praticar atividades físicas, principalmente arte marcial até como defesa pessoal e elevação da autoestima. Hoje aqui, boa parte da nossa academia é de mulheres, vamos colocar que 40% do nosso grupo é feminino”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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