Carlos Felipe Cabral de Almeida, mais conhecido como Carlos “Boi” anunciou em suas redes sociais, na última segunda-feira (13), o retorno aos ringues após 18 meses de suspensão por doping. O baiano, natural de Feira de Santana, disse ao Acorda Cidade, que já está com contrato fechado para lutar em diversas competições em um dos maiores eventos de MMA do mundo e o maior da Rússia, o Absolute Championship Akhmat (ACA).
Carlos Felipe “Boi” contou sobre a sua experiência após mais de um ano longe dos ringues.
“Foi um período difícil, eu tive que me readaptar em várias coisas, até no meu dia a dia mesmo. Mas o principal que eu tive que manter em mente é que eu não podia deixar a peteca cair, porque a gente que é atleta sabe que treinar com a competição em mente, com algum compromisso marcado é uma coisa, mas você se manter motivado sem uma competição, ainda mais no meu caso, que foi mais de uma ano, é totalmente diferente. Então, eu tive que ter um trabalho psicológico muito grande quanto a isso. E graças a Deus deu certo, porque querendo ou não, esse período foi o que eu mais treinei em minha vida, e posso dizer é minha melhor fase como lutador”, declarou.
O lutador disse que conseguiu passar por essa fase de cabeça erguida. “Não adianta ficar chorando pelo leite derramado, porque uma hora a suspensão vai acabar. Eu posso dizer que estou na melhor fase da minha vida e consegui muito bem passar por essa fase de cabeça erguida e tirando a melhor lição disso tudo”.
O apelido ‘Boi’ surgiu no início da carreira.
Boi recordou que logo quando chegou à academia para treinar, pesava mais de 160 quilos, e seu professor brincava falando que ele parecia um boi indo para cima do povo para derrubar. “E eu não tinha técnica ainda, só tinha força de vontade e a força bruta, e foi ficando. Na época tinham três gordinhos na equipe, um era o meu irmão, que até hoje treina comigo e vai lutar na Rússia também daqui a duas semanas, que tinha o apelido de Bolinho e tinha outro que era Bola. Aí éramos nós três, Bolo, Boi e Bola”, relembrou.
Parcerias e contratos fora do Brasil
O atleta relatou ao Acorda Cidade que logo no início da suspensão, muitos eventos procuraram por ele, mas foi importante esperar.
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“O meu empresário sempre está à frente de tudo, ele é responsável por tudo que aconteceu na minha carreira. Ele é o meu treinador, Edilson Teixeira. Logo no início da suspensão vários eventos inclusive estes já tinham me procurado querendo assinar contrato, mas a gente achou melhor esperar para ver o que é que ia dar. E próximo de acabar a suspensão, esse evento que eu assinei, o ACA, terceiro melhor evento do mundo e o principal evento da Europa, lá da Rússia, me fizeram uma proposta muito boa que seria burrice se eu não aceitasse, então pensamos muito e achamos a melhor decisão, assinar o contrato”, contou.
O contrato garante múltiplas lutas que serão realizadas no continente europeu.
“A expectativa para esse retorno é a melhor possível. Estou emagrecendo, quero emagrecer mais até lá. Melhorei meu jogo de chão, meu boxe que a galera já elogiava, hoje em dia está muito melhor. O meu psicológico melhorou, eu digo que a luta é 70% psicológico e muita gente acha que não, mas é. O meu psicológico está inabalável depois de tantas coisas que eu passei. Estou na melhor fase, doido para quebrar algum russo no pau ai. Coitado de quem me pegar pela frente”, ressaltou com humor o lutador.
Carlos “Boi” abordou que está preparado para representar Feira de Santana na Rússia, e revelou que a partir de abril deve voltar a competir.
“Eu sinto um peso nas costas, não pelo lado ruim, mas um peso bom de poder estar representando a minha terra, o lugar em que eu cresci e fui criado. É uma cidade grande, mas querendo ou não todo mundo se conhece, é uma família. Então, carrego com muito orgulho esse peso de estar representando a minha cidade mundo afora”, concluiu o atleta.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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