Cinema

Sandy encara seu primeiro papel adulto em terror de baixo orçamento

No longa, dirigido por Marco Dutra e que custou cerca de R$ 1,5 milhão, ela interpreta Bruna, uma universitária que aluga um quarto no apartamento de Sênior (Antonio Fagundes) e se envolve na relação dele com o filho sinistro, Júnior (Marat Descartes).

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Sandy fala palavrão, dá amassos dentro do carro e lê livros sobre ocultismo. Em seu primeiro papel adulto no cinema, a cantora diz que quis apostar em "projeto lado B". O escolhido foi "Quando Eu Era Vivo", filme de terror de baixo orçamento que estreia amanhã nos cinemas.

 
"O que me chamou a atenção é que não é um blockbuster", diz Sandy, 31, à Folha. Grávida de quatro meses de seu primeiro filho, ela esconde a quase imperceptível barriga num vestido mais solto.
 
"Estão muito acostumados a me ver no pop, mas minha música hoje é outra. O fato de o filme não ser 'mainstream' casou com o que eu buscava."
 
No longa, dirigido por Marco Dutra e que custou cerca de R$ 1,5 milhão, ela interpreta Bruna, uma universitária que aluga um quarto no apartamento de Sênior (Antonio Fagundes) e se envolve na relação dele com o filho sinistro, Júnior (Marat Descartes).
 
O roteiro é baseado no romance "A Arte de Produzir Efeito sem Causa", de Lourenço Mutarelli. Na adaptação, Bruna, que era artista plástica no livro, virou estudante de música, o que fez Sandy soltar a voz na tela.
 
Dutra diz que a ideia de chamá-la surgiu num 'brainstorm'. "Ela remete à infância, o que tem muito a ver com o tema do filme."
 
O diretor enviou o roteiro por e-mail à cantora e atriz bissexta. Sandy, que se diz fã de terror, "principalmente com carinha de reality show como 'A Bruxa de Blair' [1999] e 'Atividade Paranormal' [2007]", embarcou na ideia.
 
Antes de topar, porém, pesquisou sobre a produtora, viu curtas de Dutra e sondou atores "para ver se o pessoal é legal, se trabalha direitinho".
 
"O Marco disse que o Fagundes estava no elenco. Pensei: 'Acho que posso confiar neles'", conta. A atriz Gilda Nomacce, que também está no filme, ajudou-a na preparação, "para encontrar o tom e criar a historinha de fundo da personagem", diz Sandy.
 
Além de ter feito seriado e novela, ela já havia encarado o cinema com o irmão em "Acquaria" (2003), num longa com Renato Aragão e numa ponta em "Mato sem Cachorro" (2013), no qual interpreta a si mesma numa versão ébria.
 
"As pessoas gostam de desconstruir a imagem angelical que têm de mim. É uma imagem antiga: já casei, vou ser mãe. Ainda assim, brincam com isso, e eu brinco junto."
 
Em "Quando Eu Era Vivo", diz o produtor Rodrigo Teixeira, ela "foi tratada como atriz, e não como celebridade". Marat Descartes faz coro: "Ela estava a serviço do filme. E tinha desprendimento: saíamos para almoçar na avenida São Luís [centro de SP] e ela ia junto, sem segurança".
 
As fotos de divulgação do filme em que Sandy aparece, contudo, tiveram de ser aprovadas previamente por ela. Teixeira rebate: "Ela pede para ver, opina, mas isso é comum entre todos os atores". As informações são do Folha.
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